Soldado Vitória Favaretto já enfrentou várias situações de risco / Nayara Martins/DL
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Atuar em uma profissão de risco e se dedicar ao trabalho de forma integral. Essa foi a escolha feita pela guarda-vidas Vitória Favaretto, a soldado Favaretto, de 23 anos, que trabalha na função há cerca de quatro anos, nas praias de Itanhaém.
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Ela conta que decidiu prestar o concurso público para Bombeiro Militar aos 17 anos, na cidade de Jundiaí, onde morava. Aos 18 anos, ela foi chamada para fazer o treinamento na Escola Superior, em Franco da Rocha, para se profissionalizar, durante um ano.
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E para se especializar como guarda-vidas, a soldado Favaretto participou de um curso de 45 dias, na cidade de Guarujá. Ela escolheu vir morar e trabalhar nas praias em Itanhaém.
“Sempre admirei muito a profissão de guarda-vidas e de bombeiro militar. Meu pai me incentivou bastante. Como gostava da área de aquático esse função foi uma excelente escolha para mim”, explica.
Ela afirma que atua em uma carga horária de 12 por 36 horas, no horário das 7 às 19 horas.
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“Recebemos as instruções das 7 às 9 horas da manhã e iniciamos o serviço operacional. A cada 15 dias, mudamos de posto na orla de Itanhaém. Trabalhamos com viatura, embarcação, jet ski, quadriciclo e na areia para realizar os salvamentos”, relata.
Sobre as situações de riscos que a soldado já enfrentou, ela cita as correntes de retorno. Inclusive, o município realiza palestras para estudantes sobre prevenção de afogamentos.
“No dia a dia, as situações mais difíceis são as correntes de retorno, próximas às costeiras. O mais difícil é sair com a vítima dessas correntes, num ângulo de 45 graus, mas podemos utilizar as técnicas que aprendemos no curso e, ainda, temos a ajuda das embarcações de apoio”, esclarece.
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Os guarda-vidas contam com os apoios das viaturas, conhecidas como Ursa, e das embarcações – o jet ski e o bote, seja qual for o número de vítimas.
O período de maior movimento nas praias é na alta temporada, de dezembro até fevereiro. “Isso porque a demanda do público é bem maior e tem salvamento quase todos os dias”, destaca.
Neste período também há um reforço com a contratação temporária dos guarda-vidas, por cerca de três meses.
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Preconceito
A soldado Favaretto lembra ainda que já enfrentou algumas situações de preconceito por ser mulher, por parte do público externo. Já na instituição há uma igualdade e respeito entre os colegas.
“Sentimos o preconceito por parte do público externo. Às vezes, as pessoas perguntam se somos capazes de realizar o salvamento. Hoje em dia, usamos várias técnicas para atuar. Já fiz salvamento com quatro vítimas e com o apoio conseguimos retirar todas as pessoas com vida”, conta.
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Hoje atuam três guarda-vidas mulheres, a soldado Favaretto no operacional e duas na parte administrativa, na sede central do GBMar Itanhaém.
No total existem seis bases de salvamento marítimo na Cidade – Gaivota, Cibratel, Praia dos Sonhos, Praia dos Pescadores (Iate Clube), Boca da Barra e Suarão.
Carreira
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A soldado Favaretto dá alguns conselhos às jovens que desejam atuar na profissão de bombeiro.
“Em primeiro lugar, as mulheres não devem desistir, pois qualquer pessoa é capaz de estar aqui. Mas elas têm que estudar para passar no concurso público. É importante continuar os treinamentos, já que o dia a dia é bem puxado e temos que estar com o físico preparado”, salienta.
“Vale a pena exercer a profissão, já que é um trabalho muito gratificante salvar vidas. Temos um bom reconhecimento do público”, completa. Ela diz que amadureceu bastante como pessoa e como mulher.
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A soldado Favaretto também quer fazer a Academia de Polícia Militar do Barro Branco, em São Paulo, para alcançar novos cargos na carreira militar.
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