Itanhaém

Grupo de contação de histórias encanta alunos em Itanhaém; conheça o trabalho

Três professoras formaram o grupo Griô e decidiram contar histórias nas escolas públicas da região

Nayara Martins

Publicado em 08/04/2024 às 07:40

Atualizado em 08/04/2024 às 08:24

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Três professoras contam histórias infantis e incentivam a leitura em creches e escolas municipais / Nayara Martins/DL

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Três professoras decidiram realizar um sonho em comum e contar histórias para as crianças que não têm acesso aos livros. Assim nasceu o grupo Griô – Contos e Encantos, em Itanhaém, que visita as escolas públicas e creches, há cerca de seis meses.  

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O objetivo é levar o incentivo à leitura e dar oportunidade às crianças a ter contato com os livros.

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Uma delas Izabel Cristina Marques Massarenti, a Bel Marques, já tinha um grupo – Contos de Garagem, que se apresentava contando histórias em garagens de algumas casas de alunos.

A professora Cícera Martins Vieira, a Cissa Martins, conta que o sonho nasceu a partir de uma ideia em contar histórias para crianças que não tinham acesso aos livros. A outra professora é Elizabeth Silva Sampa, a Beth Sampa.  

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“Nós nos conhecemos na escola municipal Leonor Mendes de Barros, e nasceu a nossa amizade. Começamos a pensar em montar o grupo. No ano passado, conhecemos um aluno do Abrigo Municipal e decidimos ir visitar e contar histórias no abrigo, no Dia da Crianças, em outubro”, explica.

No dia 23 de outubro de 2023 nasceu o grupo Griô – Contos e Encantos, de contação de histórias. O nome Griô surgiu porque é como eram chamados os contadores de histórias na África. “Algumas tribos africanas tinham os seus griôs, que eram os responsáveis pela cultura das suas tribos – cantigas, lendas e histórias”, frisa.

“Nossa intenção é levar os contos clássicos que são esquecidos pelas crianças, as lendas, além de resgatar a nossa cultura. É um trabalho de griô nessa tribo moderna de hoje”, destaca Cissa.

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Elas explicam que as crianças, nos dias de hoje, não brincam e ficam presas à televisão e ao celular. O grupo tem essa missão de resgatar as brincadeiras, as amizades e os valores.

“Percebemos que as crianças também estão mais individualistas, não têm empatia pelo outro. As histórias falam de valores importantes como dar um abraço”.

Uma das novas histórias é a da “Menina da Cabeça Quadrada”, que conta a história de uma menina que só vê a tela, o tablete e não sabe folhear um livro. “Escolhemos as histórias conforme a necessidade dos alunos no dia a dia nas salas de aula da escolas”, salienta.

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O grupo de professoras se apresenta em escolas e creches públicas, instituições filantrópicas e em aldeias indígenas da região.     

Divulgação

A divulgação do grupo Griô está sendo feita por meio do Instagram (@grupogriôcontos e encantos). Além de o grupo já estar conhecido pelo trabalho nas escolas municipais e em outras entidades.  

Elas montaram um calendário de visitar uma escola, uma vez ao mês, e já tem agendadas dez escolas e creches até o final deste ano.

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O grupo de contação de história se apresenta de forma voluntária. Apenas quando há convite para ir a outro município é cobrada uma ajuda de custo para o transporte.

A primeira, este ano, em que o grupo se apresentou foi a creche municipal Renata Cianbroni, no mês de março. A próxima será na EMI Gilson Kool, em São Vicente, em abril.

No ano passado, o grupo esteve na aldeia Yaká Mirim, no bairro Jardim Coronel, em Itanhaém, onde contou histórias para as crianças e jovens indígenas.

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Sonhos futuros

“Nossos sonhos é que essas sementes germinem e que possamos fazer outros leitores que terão a vontade de um dia contar as histórias para outros. Ver os frutos de nosso trabalho”, destacam as professoras.

Além de incentivar outras pessoas e educadoras a contar histórias e despertar o hábito da leitura nas crianças e nos jovens.

“É um momento mágico, quando estamos fantasiadas com os personagens, elas acreditam nas histórias e personagens. Também vemos os olhos dos educadores brilhando. O sentar em roda para ouvir histórias é para todas as idades”, completa Cissa.

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O gripo já foi na EM Harry Forssell, no ano passado, e contou histórias para alunos do ensino fundamental.

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