Itanhaém

Família da Baixada Santista se mantém com a venda de maçãs do amor

Regina Leal Campos e o marido estão se mantendo com a venda do doce há cerca de dois anos

Nayara Martins

Publicado em 21/08/2022 às 07:30

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Regina passa nos carros e oferece as maçãs de amor, todos os dias, no semáforo do trevo da Vila São Paulo, em Itanhaém / Nair Bueno/DL

Vender a maçã de amor nos dois semáforos em Itanhaém, para conseguir manter toda a família. Essa foi a ideia que Regina Leal Campos, de 49 anos, e seu marido Marco Aurélio Silveira (50), cozinheiro, tiveram para gerar renda e manter a família, nos últimos dois anos, na Cidade. 

“A ideia surgiu porque já trabalhávamos na área de cozinha e fazendo doces. Meu marido é cozinheiro e estava trabalhando em um estabelecimento comercial, em São Paulo. Mas veio a pandemia e o local fechou. Devido ao desemprego, decidimos vir morar no Jardim Umuarama, em Itanhaém”. 

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Há cerca de dois anos, eles têm essa única fonte de renda para se manter e pagar o aluguel da casa onde moram em Itanhaém. 

O seu marido Marco Aurélio é quem faz a calda da maçã. Ele segue todo o ritual como dar o ponto certo, passar a maçã na calda, gelar e tirar da geladeira. Regina também ajuda a embalar a maçã que é feita todos os dias. 

“As maçãs são feitas com muito amor, todos os dias. E usamos as marcas fuji ou gala, pois são as que têm mais qualidade. Também fazemos as maçãs confeitadas e com chocolate”. Eles fazem ainda pães de mel para vender nos pontos.  

Regina e o marido trabalham todos os dias, menos em dias chuvosos ou se houver alguma encomenda para entregar. As encomendas são feitas geralmente para casamentos, batizados e aniversários. 

Nos pontos dos dois semáforos – na Vila São Paulo e na Cesp, eles trabalham a partir das 15 horas até às 19 horas.  

“Na temporada de verão a gente trabalha bem mais, pois o movimento de veículos é muito maior. Já vendemos também de porta em porta no comércio e até em Praia Grande”, conta.

“Em períodos próximos ao pagamento chegamos a vender em torno de 40 maçãs por dia, mas, em geral, vendemos, em média, 20 por dia, em cada ponto”, completa. 

As maçãs custam R$ 7,00 cada, mas quem comprar três sai por R$ 20,00. “Ficamos durante dois anos vendendo ao valor de R$ 5,00, mas como o gás e tudo subiu demais tivemos que reajustar o preço”, justifica.
Clientes 

Regina conta que já tem vários clientes fixos e que compram os doces toda semana. 

“Tem pessoas que sempre compram nossas maçãs e sabem que é um produto de qualidade. Algumas compram para experimentar e nos ajudar, mas acabam ficando clientes”, salienta.

Em relação à renda com as vendas das maçãs, segundo Regina, em média, eles ganham de R$ 1.500,00 a R$ 2 mil ao mês de lucro. 

Regina já tinha experiência em trabalhar em comércio e como assessora para festas, em São Paulo. “Mas sempre trabalhei de maneira informal e, ao casar, tive três filhos e fiquei cuidando da casa”. 

Lembra que devido à pandemia, o setor de organização de festas e eventos caiu bastante e, com isso, o seu marido ficou desempregado em São Paulo.
Sonhos

Quanto aos planos futuros, Regina diz que sonha em ter seu próprio comércio em um ponto fixo.

“Ficamos na torcida para que as vendas aumentem e possamos ter o nosso próprio ponto para vender as maçãs ou outro produto na área de alimentação”, destaca. 
Regina pretende ainda divulgar nas redes sociais e mandar fazer cartões para melhorar as vendas dos doces e das maçãs do amor.

Pessoas interessadas em fazer as encomendas podem entrar em contato direto com Regina, no telefone 11 974874247.

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