Exposições fazem homenagem à padroeira de Itanhaém

Homenagear a padroeira de Itanhaém Nossa Senhora da Conceição. Esse é o objetivo da exposição sobre o tema "Da Conceição de Itanhaém ao Barroco Paulista", que começou na terça-feira, dia 6, no Museu Conceição de Itanhaém, no centro.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Outra exposição no mesmo espaço é sobre o tema "Maria de todos os povos". Ambas seguem até o dia 8 de fevereiro.

O presidente da Irmandade Nossa Senhora da Conceição, Felipe Moscatello, fez o convite ao artista plástico Felipe Calippo para expor os trabalhos. A exposição também comemora os 470 anos da Irmandade Nossa Senhora da Conceição que será em 2023.

Felipe Calippo, de 44 anos, de Pindamonhangaba, é o autor das 22 obras de arte sacra, no estilo barroco. "A ideia é de manter viva a tradição de fazer santos em barro", conta.

"Não conhecia a Cidade e fiquei maravilhado com as imagens que estão na Igreja Matriz de Sant´Anna. Elas são belíssimas e tem tudo a ver com o meu estilo", completa.

Calippo também é autor de uma réplica da Nossa Senhora da Conceição, que vai fazer parte das festividades em homenagem à padroeira. A partir do dia 13, a imagem também vai ficar exposta no Museu.

"Aprendi a arte de esculpir os santos de barro com o meu pai, aos 15 anos. Faço qualquer tipo de escultura, mas a minha paixão é a arte sacra". Ele começou a esculpir as peças com a imagem do Divino Espírito Santo.

A peça principal da exposição é a Nossa Senhora da Conceição. Das 22 obras de arte barroca, se destacam o São Francisco, Santo Antônio de Categeró - um santo negro e pouco conhecido, Nossa Senhora da Glória, Santa Efigênia, Santa Emerenciana - a bisovó de Jesus, Santa Bárbara, Nossa Senhora dos Prazeres e outras.

A diretora do Museu, a historiadora Fátima Cristina Pires, explica que que a exposição pretende mostrar o significado da arte pura.

"Estamos revigorando a ideia do patrimônio imaterial e material. Trata-se não somente da fé, mas o que levava as pessoas a terem essa crença". Cita o livro "O Povo brasileiro", do antropólogo e escritor Darcy Ribeiro, que mostra o tripé da cultura brasileira - o indígena, o negro e o português.

"É muito interessante esse período em que a Cidade comemora o Dia da Padroeira, Nossa Senhora da Conceição, dia 8 deste mês. Além de mostrar a arte barroca que entrou na cultura do Brasil, a partir do século XVII", frisa.

Em janeiro, Felipe Calippo vai realizar um trabalho de escultura, ao vivo, para demonstrar como são feitas as peças esculpidas em barro, no Gabinete de Leitura, no centro histórico.

MARIA.
"Maria de todos os povos", é o tema da outra exposição de pinturas feita pelo artista plástico Luís Carlos Farias, de 74 anos, de Peruíbe. A mostra acontece em conjunto com a das imagens sacras de barro, no museu. No total são 31 obras pintadas na técnica acadêmica, em óleo sobre tela.

"Sou devoto de Nossa Senhora e tenho muito amor pela Mãe de Deus. Fico feliz quando surge outra chance para expor as pinturas. É uma nova oportunidade de levar a mensagem de Nossa Senhora a mais pessoas", afirma o autor.

Fátima revela que a ideia da exposição "Maria de todos os povos" surgiu para divulgar não somente a importância religiosa de Maria, a mãe do filho de Deus, como também as práticas das devoções populares da cultura na América Latina.

"A partir do México até a Argentina, a colonização foi bem diferente da América do Norte. As telas mostram as imagens das padroeiras de todos os países da América Latina", frisa.

A exposição já viajou, desde 2017, para vários municípios da Baixada Santista e esteve em Aparecida do Norte. Mostra ainda as padroeiras da região, como Nossa Senhora do Monte Serrat (Santos), da Lapa (Cubatão), da Aparecida (Mongaguá) e outras.

Ambas exposições podem ser visitadas até dia 8 de fevereiro de 2023. O Museu Conceição de Itanhaém fica na Praça Narciso de Andrade, no centro histórico de Itanhaém.