Itanhaém

Exposição exalta a Semana de Arte Moderna, em Itanhaém

'Mário de Andrade em três tempos' iniciou no dia 15 e prossegue até 2 de abril, no Museu Conceição de Itanhaém

Nayara Martins

Publicado em 27/02/2022 às 09:19

Atualizado em 27/02/2022 às 09:26

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Gravuras de Luiz Fernando Lessa mostram obras ligadas à música / Nair Bueno/DL

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“Mário de Andrade em três tempos: um olhar e uma herança da Semana de 22”. Esse é o tema da exposição que exalta os 100 anos da Semana de Arte Moderna e pode ser vista no Museu Conceição de Itanhaém, no centro histórico do município. A exposição, que iniciou dia 15 deste mês, vai até 2 de abril. 

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O diretor de Cultura do município Tony Sheen afirma que o objetivo foi escolher um personagem que teve destaque na literatura, na música e, principalmente, no patrimônio histórico, e divulgar à população da Cidade.  

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“Itanhaém, por ser uma cidade histórica, é de uma importância fantástica a criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a proteção dos prédios históricos na cidade”, destaca.

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A exposição faz parte de uma programação com várias atividades para destacar a importância da Semana de Arte Moderna de 1922.

Na Biblioteca Municipal pode ser vista uma exposição histórica com um telão que conta a história e as principais atividades e personagens da Semana de 22. Além de uma exposição literária com livros de escritores que participaram do movimento.

Já no Gabinete de Leitura, o Cine Clube Carlos Miranda mostra filmes, às quartas-feiras, que remetem à Semana e as suas consequências. 

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A programação prossegue até a primeira semana de março.

Obras

Ao entrar no Museu, o visitante já pode ver uma obra que anuncia a abertura da exposição itinerante. No piso superior, a exposição mostra a história do rompimento acadêmico com as vanguardas europeias, o surgimento do Modernismo e como foi a leitura no Brasil. 

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A historiadora Fátima Pires, responsável pelo Museu e o Gabinete de Leitura, destaca a importância de Mário de Andrade como escritor, músico e ao tombar as primeira igrejas no Brasil, além de ter sido o fundador do Iphan. “Ele foi o primeiro Diretor de Cultura em São Paulo e no Brasil”.   

Um quadro faz a releitura da influência da Semana de 22, da artista plástica Leia de Camargo Neves. Também podem ser vistos dez principais livros, de autoria de Mário de Andrade, na literatura, na música, na cultura e no patrimônio material e imaterial.  

O artista plástico Luiz Fernando Lessa é o responsável pelas gravuras expostas. 

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São 11 gravuras ligadas à música, à literatura e ao patrimônio histórico. Por último, está a gravura “Polímata”, que mostra todas as influências de Mário de Andrade em diversas áreas.   
“Mario de Andrade, que ajudou a fundar o Iphan, ele próprio entrou para a história e faz parte do patrimônio histórico do Brasil”, destaca Lessa.  

O artista usou técnicas mistas, com predominância em aquarela. O papel é no tamanho A3 com gramatura de 300.  
Influências

Luiz Fernando Lessa fala ainda sobre os períodos que antecedem a Semana de Arte Moderna. O Neoclássico, no séculos 18 e o Romantismo no final do século 18 e início do 19. E o Realismo, quando o autor começa a fotografar o cotidiano da cidade. Todos os três períodos apresentam as técnicas das escolas acadêmicas.  

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Com a Revolução industrial, houve a invenção a máquina fotográfica, que marca o período do impressionismo e acontece a ruptura com a arte acadêmica. 

“Após isso, começam a surgir as seis grandes vanguardas na Europa. Todos esses movimentos influenciaram as artes no Brasil. A burguesia brasileira foi beber desta fonte na Europa e trouxe ao Brasil um novo olhar. Assim, o Modernismo se transformou e teve a influência do folclore brasileiro”, completa.

Serviço: A exposição fica até o dia 2 de abril, no Museu Conceição, na Praça Narciso de Andrade, no centro histórico. De terça a sábado, das 9 às 17 horas. No carnaval, o espaço não será aberto na terça (1) e quarta-feira (2). Ingressos custam 2,00, e idosos acima de 60 anos e crianças abaixo de 10 anos não pagam.

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