O Centro de Referência para Pessoas em Situação de Rua, o Centro Pop de Itanhaém, recebe hoje, em média, cerca de 45 pessoas ao dia / Nayara Martins/Diário do Litoral
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Atender a população em situação de rua da melhor forma para que o município não seja prejudicado nesta temporada de verão. Esse é o objetivo do reforço feito pelo Centro Pop na abordagem ao morador de rua, que teve início em 15 de dezembro e vai até 15 de março, em Itanhaém.
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O trabalho das equipes é realizado no horário das 7 horas às 20 horas, de segunda a sexta-feira e também aos finais de semana. Percorrem os locais de maior movimento na Cidade, como praças públicas, orla da praia, região central e pontos principais nos bairros.
"A finalidade é recepcionar esse público oferecendo suporte assistencial, psicológico e, principalmente, o recambio, ou seja, possibilitar o retorno à cidade de origem. Ao mesmo tempo, buscamos conscientizar a população que as pessoas em situação de rua também têm direitos e deveres", afirma o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Hugo Di Lallo.
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O secretário diz que já fez contato com a Agência Metropolitana (Agem) e o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb) para agendar uma reunião e debater o assunto de forma regional.
O Centro de Referência para Pessoas em Situação de Rua, o Centro Pop de Itanhaém, recebe hoje, em média, cerca de 45 pessoas ao dia. Lá eles podem tomar banho, café da manhã, almoçar e passar pelo atendimento técnico.
A assistente social do Centro Pop, Maria Janete Andrade, conhecida como Mari, explica que cada um que chega ao local passa por atendimento técnico para uma avaliação. "Caso o morador queira retornar à cidade de origem ou à família, fazemos contato e o encaminhamos para a sua cidade", explica. Mas, o Centro Pop só faz esse encaminhamento se a pessoa concordar.
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Hoje, segundo Mari, são cerca de 160 moradores em situação de rua, em Itanhaém, sendo que 50% são da cidade e o restante de outros municípios.
"Neste período de temporada de verão, a maioria que chega de outros lugares não permanece na cidade. Eles vêm para o litoral, nesta época, e sobrevivem por meio da mendicância e da venda de latinhas e recicláveis", esclarece.
Há cerca de dois meses, uma ação em conjunto com as secretarias municipais de Assistência Social, Segurança Pública e Urbanização, fez um trabalho de acolhimento e verificação dos casos que precisavam de tratamento à dependência química.
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"O resultado foi positivo e mostra que estamos atentos a esse problema social. A intenção é conscientizar a população e os comerciantes a não praticarem o assistencialismo, o que contribui para que eles permaneçam nas ruas", explica o secretário.
Foi constatada uma mudança relativa ao perfil da população de rua no município. "Há 20 anos, o perfil do morador de rua era de idade mais elevada e a motivação era o desemprego ou uma desilusão amorosa. Atualmente, o perfil é de jovens e dependentes químicos", revela.
O município fez uma parceria com a entidade terapêutica CT 1º Passo, no bairro Rio Preto, para onde são encaminhadas pessoas que precisam de tratamento para dependência química. No total são disponibilizadas dez vagas ao Centro Pop, e ficam por até seis meses.
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Após esse período, elas retornam e são encaminhadas à Casa de Acolhimento Phoenix, onde continuam a recuperação por mais seis meses.
No início deste mês, alguns comerciantes fizeram denúncias devido a problemas gerados por moradores de rua, no canteiro da avenida Rui Barbosa, em frente ao Cemitério municipal, no centro.
"Tivemos que acionar o Centro Pop, já que eles causam sérios problemas, muita sujeira, mau cheiro e tumulto. Alguns moradores de rua ficam morando nos bancos e acabam brigando entre eles", conta a funcionária de um dos comércios, Poliane Vieira. Diz ainda que o problema já ocorre há muitos anos no local.
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Denúncias podem ser feitas ao Centro Pop, de segunda a sexta-feira, pelo telefone (13) 3427.5390, que fica localizado na rua Vítor Meireles, 51, no bairro Belas Artes.
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