NATUREZA

Corujas buraqueiras fazem ninhos na praia, em Itanhaém

O casal de corujas cuida de quatro filhotes e já são uma atração turística, na praia do Centro

Nayara Martins

Publicado em 06/11/2022 às 07:25

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O casal de corujas buraqueiras, da espécie Athene cunicularia, possui dois ninhos no local, que ganhou, este ano, uma tela de proteção para proteger as aves / Nair Bueno / Diário do Litoral

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Há cerca de dois anos, turistas e moradores que visitam a orla da praia, no centro de Itanhaém, podem ter uma grata surpresa – dois ninhos de corujas buraqueiras com quatro filhotes, na orla do Praião, como é conhecida no município.

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O casal de corujas buraqueiras, da espécie Athene cunicularia, possui dois ninhos no local, que ganhou, este ano, uma tela de proteção para proteger as aves. Elas recebem este nome por cavar buracos no solo e nas praias.

O secretário de Meio Ambiente e Planejamento, Cesar Ferreira, explica que a prefeitura firmou um contrato com o Gremar para a reabilitação de animais silvestres.

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“Contamos também com a parceria da Polícia Ambiental e da Guarda Civil Municipal para que todos os animais que forem atropelados ou atacados por cães, sejam resgatados e levados ao instituto”, completa.

A veterinária Jessica Paulino, do Gremar, explica que os ninhos foram cercados com telas de proteção para realizar a proteção, tanto de crianças e adultos como de cães soltos.

A moradora Mariney Pinto, que mora no bairro Savoy, afirma que é uma felicidade poder contemplar essas aves na orla da praia. “Sempre venho ver o ninho das corujas com o meu neto, que adora os animais. Tem crianças que nunca viram uma coruja”, salienta.  

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No ano passado, o mesmo casal de corujas estava com cinco filhotes, que acabaram crescendo e indo embora. Este ano são quatro filhotes. Eles ficam cerca de quatro meses e, após esse período, vão embora para outros locais, segundo a veterinária. 

“As corujas buraqueiras são de tamanho pequeno, de cor marrom, possuem a cabeça redonda, as sobrancelhas brancas, os olhos amarelos e as pernas longas. Quem tem a função de proteger é o pai. Às vezes, chegam outras corujas e elas expulsam. Instalamos alguns troncos de árvore para elas ficarem no alto”, destaca.

Jessica lembra ainda que as pessoas devem seguir algumas recomendações, como apreciar à distância de três metros, podem tirar fotos sem flash e usar o zoom. Manter o cão na guia e sem chegar perto, além de evitar dar alimentos às corujas. 

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As corujas se alimentam de insetos e também de pequenos roedores, o que controla as pragas naturais nas proximidades. 

A veterinária diz que os voluntários do Gremar estão atentos ao movimento do público para garantir a segurança das aves. 

MAPEAMENTO.
O secretário de Meio Ambiente afirma que a secretaria está realizando um mapeamento para saber o número de ninhos de corujas em todas as praias do município.  

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“O objetivo, após o levantamento, é buscar recursos para investir no serviço e colocar as cercas de proteção dos ninhos”. Diz ainda que na praia do Suarão, os próprios moradores fazem esse trabalho de proteção em ninhos de corujas.

“O contrato com o Gremar é importante, já que Itanhaém é a maior cidade da região em extensão territorial, além de ter 80% de sua área como mata atlântica”, frisa.

A base do instituto, em Itanhaém, conta, hoje, com mais de 80 saruês e filhotes, além de rolinhas, bem-te-vis, corujas, entre outros animais silvestres.       

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Nos últimos dias, o local recebeu um Urutau, mais conhecido como “mãe da lua”, que tem hábitos noturnos e foi achado caído na rua. Além de filhotes de gambás que também estão em recuperação. 

A instituição realiza o tratamento dos animais silvestres. Após a reabilitação, eles são devolvidos à natureza. 
Quem souber de práticas e maus tratos contra as corujas ou outros animais silvestres pode denunciar no portal da secretaria de Meio Ambiente da prefeitura ou na Polícia Ambiental e na Guarda Municipal.    

A base do Gremar fica na avenida Presidente Vargas, 611, no centro de Itanhaém, em frente aos ninhos das corujas buraqueiras.
 

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