Apesar de ter nascido em Santos, a sua família é de Itanhaém, onde ele passou a infância e a adolescência / Divulgação
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O ator Thiago Tambuque, de 39 anos, de Itanhaém, realiza o seu sonho e vai estrear em um filme no gênero comédia, "Skyfly", do diretor Gary Smith, a ser lançado no segundo semestre deste ano, em Hollywood, no Estados Unidos. Este é o primeiro filme que gravou nos EUA, que está em fase de pós-produção. Ele acredita que o filme já estará nos streamings a partir de julho.
Tambuque já se prepara para o próximo filme que deverá gravar, intitulado "Picture Perfect", do gênero terror, a ser dirigido por Humberto Rosa. A previsão é de começar a ser gravado entre março e abril deste ano.
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"O filme segue mais ou menos a linha de 'O Albergue' e 'Jogos Mortais'. Meu personagem, Ivan, faz um jogo dúbio na trama. Não fica claro de que lado ele está e isso é fascinante. Como as gravações sequer começaram, o cronograma ainda pode mudar um pouco e não há previsão de estrear".
Apesar de ter nascido em Santos, a sua família é de Itanhaém, onde ele passou a infância e a adolescência. Segundo o ator, ele saiu da Cidade aos 17 anos, quando ingressou na faculdade de Relações Internacionais, em São Paulo.
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Ele visita com frequência a família e tem lembranças e carinho pela cidade, já que seus pais moram e são comerciantes em Itanhaém.
"Os tempos são outros, a cidade mudou e as conexões foram desaparecendo. Itanhaém era uma cidade pacata, bucólica. Tinha muita história. Talvez eu pertença a última geração que frequentava o Clube Náutico e as festas no Iate Clube", destaca.
Lembra ainda de ir com os pais na Festa da Tainha e na Festa do Divino, além de passeios de carro no bairro Cibratel e de ir tomar sorvete no calçadão no Centro e das casas antigas.
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INÍCIO.
Tambuque explica que, antigamente, eram muito comuns os "concursos", inclusive para crianças, sendo essa a porta de entrada para a carreira artística.
"Minha mãe chegou a me levar a alguns em São Paulo, mas, obviamente, àquela altura, não tinha muita noção das coisas. Independentemente de ser uma criança simpática, de uma forma ou de outra, já tinha uma conexão com as artes".
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A sua primeira experiência profissional aconteceu entre os 17 e 18 anos, quando foi o protagonista em uma novela infanto-juvenil, na então recém criada Rede TV! Após esta experiência, ele acabou dando uma pausa na carreira, pois não conseguia conciliar a faculdade com o trabalho.
O ator confessa nunca ter feito cinema até ir morar nos EUA. "O mercado brasileiro é mais restrito e, assim, as oportunidades são escassas. Na TV, fiz participações em novelas como "Carrossel", no SBT e "Tititi", reprisada recentemente na Rede Globo, além de ter atuado como apresentador por alguns anos".
E teve ainda uma passagem pelo teatro com a peça 'Se Casamento Fosse Bom', com a direção de Rosi Campos.
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DIFICULDADES.
Para Tambuque, há seis anos morando em Atlanta, nos EUA, uma das principais dificuldades para atuar no meio artístico é a de se colocar no mercado.
"Vindo de outro país, você não tem a vivência, não conhece os caminhos, as pessoas, não tem referências, não sabe por onde começar e nem para onde ir". Outro desafio, segundo ele, é o idioma e, assim, romper a barreira dos estereótipos.
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O primeiro papel que interpretou, pouco tempo após chegar nos Estados Unidos, foi em uma peça que interpretava um detetive que investigava o assassinato de um milionário. "Foi um processo bastante enriquecedor e que me deu as ferramentas para perseguir os objetivos maiores".
Na sua opinião há uma aura mítica da sensualidade brasileira. "Acho que nossa miscigenação, nosso sotaque e nossa maneira de agir e de interpretar chamam a atenção dos norte-americanos por ser "diferente". A depender da situação, isso pode ser uma oportunidade, mas também um limitador", avalia.
PLANOS.
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Tambuque fala ainda dos seus planos nos EUA.
"De modo geral, quero me dedicar integralmente ao meu próximo projeto, o longa-metragem "Perfect Picture". Sair de uma comédia para um terror psicológico é um grande desafio, pois requer versatilidade e é isso que busco na minha carreira. Não quero ser tachado de ator de um personagem só: o mocinho, o psicopata, o bandido. Quero ser capaz de fazer todos com a mesma verdade e qualidade técnica".
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