Comerciantes, vereadores e população discutem sobre os impactos com a cobrança de pedágio, na SP-055, em Itanhaém / Divulgação
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Debater sobre os impactos negativos que poderão acontecer com o projeto de concessão à iniciativa privada das rodovias Rio-Santos e Padre Manoel da Nóbrega, chamado Lote Litoral Paulista, do Governo do Estado. Esse foi o objetivo da reunião promovida pela Associação Comercial de Itanhaém, reunindo comerciantes, vereadores e a população, na última quinta-feira (10).
O presidente da Associação Comercial, Allan Petterson Lopes Santos afirmou, na abertura, que o projeto de concessão da rodovia Padre Manoel da Nóbrega vai gerar mais uma nova conta a pagar à população.
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“Temos que nos unir. Não vamos descansar e temos que questionar o governo sobre esse projeto e nos posicionar contra essa cobrança do pedágio na rodovia”, ressalta.
O prefeito de Itanhaém Tiago Cervantes (PSD) afirmou ser contrário ao projeto de concessão de rodovias do Governo do Estado.
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“Criamos um Grupo de Trabalho, juntamente com os vereadores, específico para acompanhar esse projeto de privatização da rodovia SP-55 e podermos discutir com a sociedade os prejuízos que vão surgir na Cidade”, destaca.
Cervantes diz ainda que foi realizada uma reunião, no último dia 4, com o promotor Romildo de Rocha Sousa, da 1ª Promotoria de Justiça de Itanhaém, por videoconferência. Eles apresentaram as principais preocupações dos poderes Executivo e Legislativo em relação ao projeto de privatização da rodovia estadual SP-055.
Segundo o prefeito, uma das principais preocupações é a questão da mobilidade urbana. “Itanhaém tem um problema sério que é o rio Itanhaém, cortando a Cidade. Temos uma única passagem, tanto na estrada como dentro da Cidade, o que pode fechar o trânsito local”. A ponte foi construída na década de 1970 e não terá condições de suportar um grande fluxo de veículos.
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Outra preocupação é o centro histórico da Cidade que também não suportaria o aumento de veículos. “Ainda não temos as marginais da rodovia feitas de ponta a ponta na Cidade. Temos 33 entradas e saídas dos bairros para a rodovia, sendo que a maioria vai ser fechada. Toda a logística será mudada, como o transporte público e o de alunos”, completa.
O secretário de Planejamento e Meio Ambiente, César Ferreira, coordenador do GT, mostrou um vídeo sobre os principais impactos negativos que podem ocorrer na Cidade e esclareceu algumas questões sobre o pré-projeto de concessão do governo.
Pedidos
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O Grupo de Trabalho, segundo Cervantes, já enviou solicitação, na quinta-feira (10), ao secretário estadual de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, para agendar uma reunião e tirar as dúvidas sobre o pré-projeto. Além de outra reunião com a equipe da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), antes da audiência pública já marcada para o dia 18, no Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
O prefeito questiona o motivo de o Governo do Estado não ter conversado com as cidades, antes de apresentar o projeto para discutir as novas mudanças e os estudos dos impactos nos municípios.
O GT pede ainda que seja agendada uma audiência pública presencial, em Itanhaém, para que a população possa tirar as dúvidas com a equipe do projeto de concessão. “Esperamos que eles analisem e deem uma resposta positiva para a Administração”, conclui.
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Consulta pública
O governo do Estado abriu consulta pública, no dia 4 deste mês, para apresentar sugestões que podem ser feitas até 4 de setembro, pelo site da Artesp www.artesp.sp.gov.br., clicando no menu Transparência e, em seguida, na opção Audiência e Consultas públicas.
A audiência pública está marcada para o dia 18 de agosto, às 10h, no auditório do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), em São Paulo, com transmissão pela internet.
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O projeto do governo inclui a concessão das rodovias na região da Baixada Santista que passam por Bertioga (rodovia Rio-Santos), Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe (Padre Manoel da Nóbrega). E prevê a instalação de nove pórticos eletrônicos, com o sistema free flow, entre os municípios de Praia Grande até Peruíbe. O processo havia sido suspenso no final de 2021 e agora foi retomado.
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