ITANHAÉM

Arquiteta fala sobre livro 'Itanhaém desvairada'

A autora Regina Helena participa de um bate papo sobre o livro na Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Cidade

Nayara Martins

Publicado em 29/05/2023 às 07:30

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Regina Helena fala do livro que traz informações sobre o patrimônio cultural e histórico de Itanhaém / Reprodução

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“Itanhaém Desvairada”. Esse é o título do livro da arquiteta, pesquisadora e professora Regina Helena Vieira Santos, lançado em 8 de dezembro do ano passado. A autora participou de um bate papo com os profissionais, na última quinta-feira (25), na sede da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Itanhaém.

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O livro lança um novo olhar e traz para os dias de hoje, conhecimento e informação sobre o patrimônio histórico de Itanhaém. São nove artigos científicos já publicados, resultado de mais de 25 anos de pesquisa e que foi tese do conteúdo acadêmico do pós-doutorado da autora na Universidade de São Paulo (USP).    

O título “Itanhaém Desvairada”, segundo Regina, surgiu de uma sugestão de um professor em uma das palestras que fez para professores da rede municipal de ensino de Itanhaém sobre o tema patrimônio cultural itanhaense.  

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“Além do escritor Mário de Andrade esteve em Itanhaém, em 1921, e escreveu um artigo intitulado “Itanhaen”. No ano passado, em homenagem ao centenário da Semana de Arte Moderna, decidi que o título do livro seria “Itanhaém Desvairada”, explica.

O livro, que trata sobre o patrimônio cultural e histórico de Itanhaém, é dividido em seis capítulos. A autora inicia sobre o patrimônio na paisagem cultural e o escritor Mário de Andrade. 

“Mário de Andrade, que esteve aqui e escreveu o artigo, foi um dos primeiros a escrever falando do patrimônio e ainda um dos idealizadores do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1937.

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O livro também fala do contexto histórico, arquitetônico e urbanístico no período colonial, nos séculos XVI e XVII. 

“Poucos conhecem sobre como aconteceu esse processo histórico. Itanhaém só foi elevada à categoria de Vila em 19 de abril em 1571. Outro ponto é o nome Conceição de Itanhaém, os portugueses tinham o hábito de dar nome aos locais conforme o santo do dia. Alguns professores antigos já defenderam que a data de aniversário da Cidade seria 8 de dezembro – dia da Padroeira”.

Cita o local onde foi fundada a cidade por Martim Afonso de Souza, que foi no aldeamento de São João Batista, entre os rios Peruíbe e Itanhaém, onde hoje está a cidade de Peruíbe. 

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O livro fala ainda sobre as duas igrejas da Vila Conceição de Itanhaém – a Ermida Nossa Senhora da Conceição e a Igreja Matriz de Sant´Anna e como foram construídas na praça. 

O nome correto seria “Conjunto arquitetônico da igreja e ruínas do convento Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém”, mas ela se refere ao “conjunto da Conceição”. 

Casa de Câmara e Cadeia

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Outro ponto é a Casa de Câmara e Cadeia de Itanhaém. Além do entorno dos três monumentos históricos da Cidade. 

“A pesquisa é bastante aprofundada. Será celebrado o quarto centenário da Casa de Câmara e Cadeia, em 2024. Os monumentos históricos de Itanhaém são muito escondidos. A paisagem cultural tem que mostrar os monumentos. Além da harmonia entre o construído e a paisagem cultural”, salienta.

“Hoje o conjunto da Conceição está totalmente escondido atrás da vegetação. São três edifícios reconhecidos pelo patrimônio histórico, de caráter internacional. E estão sem o incentivo ao turismo cultural”, completa.

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Lembra ainda que a Casa de Câmara e Cadeia foi a sede da Capitania hereditária de Itanhaém. Diz que a extensão da capitania abrangia desde Cabo Frio (RJ) até o rio Prata, no sul do País, baseado nos documentos da época.

O livro mostra o levantamento digital feito com laser scanner 3D com a fotometria do patrimônio Cultural – Convento, igreja Matriz e da Casa de Câmera e Cadeia. 

No final, a autora cita a cidade situada no litoral sul paulista, que é lugar dos ameríndios, presenciou a passagem dos jesuítas, com monumentos religiosos franciscanos e que foi a sede da capitania hereditária de Itanhaém, no final do século XIX. E questiona “onde está toda a cultura local e nacional?”.

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O livro é ilustrado com fotos e mapas da Cidade, tem 197 páginas, lançado pela editora Inteligência. Interessados em adquirir devem entrar em contato com a autora: [email protected].

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