Atividade garante o sustento da família de Erisvaldo dos Santos Freire (49) e sua esposa Kátia dos Santos Dias Freire (36), há cerca de 20 anos / Nayara Martins/DL
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Trabalhar com vendas de mercadorias variadas, roupas, saídas de praia, biquínis, chapéus, óculos, kits de baldes de praia, na praia do Centro, em Itanhaém. Essa é a atividade que garante o sustento da família de Erisvaldo dos Santos Freire (49) e sua esposa Kátia dos Santos Dias Freire (36), há cerca de 20 anos. Eles moram no bairro Gaivota, em Itanhaém.
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Ele trabalha aos finais de semana e feriados, de sexta-feira a domingo, no horário das 8 às 14 horas, na praia da região central. Na alta temporada ele atua todos os dias.
"Comecei a trabalhar como ambulante de vendas, há cerca de 20 anos, por meio de um amigo, o Ceará, que também trabalha com carrinho na praia. Iniciei o trabalho na praia do Gaivota, onde fiquei por uns quatro anos, mas depois decidi vir para o Centro", conta.
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Ele também atua fazendo uns serviços de pedreiro e pintor em obras, nos períodos de chuva ou durante o inverno.
Erisvaldo explica que sua licença municipal é para trabalhar na região central até o bairro Suarão. "Aqui nesse trecho tem mais movimento e posso trabalhar o ano inteiro, pois tem as colônias de férias e hotéis", frisa.
Entre as mercadorias estão diversas roupas de praia, como saídas de praia, biquínis, cangas, chapéus, viseiras, óculos, kits de baldinhos de crianças, pranchas, guarda-sol, bolsas.
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Sua esposa Katia também atua aos finais de semana, com as mesmas mercadorias, mas ela trabalha em outro ponto na praia da região central. Ele é professora e está prestando concurso para dar aulas.
MOVIMENTO.
Erisvaldo afirma que já possui clientes conhecidos e que procuram o seu carrinho para comprar. A maioria é formada por turistas que vem de outros municípios.
A melhor época do ano para trabalhar, segundo ele, é a partir de dezembro até fevereiro, durante a alta temporada. "As clientes procuram bastante as saídas de banho e as crianças pedem os baldinhos e as bolas para brincar", ressalta.
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"Com chuva a gente nem vem, somente com sol, pois o que atrapalha muito são a chuva e os ventos", conta.
"Neste ano passamos o pior carnaval dos últimos 20 anos, devido aos dias de chuva. Essa temporada também foi mais fraca, pois não teve muitos turistas".
Durante a pandemia, ele conta que a praia do Centro teve bastante movimento. "Tivemos boas vendas, pois as pessoas não podiam viajar para outros países e vieram para o litoral", destaca.
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Já em relação ao faturamento, depende do movimento de clientes na praia e da época, mas ele consegue tirar o sustento da família. O casal tem dois filhos. "Em períodos de chuva e frio, trabalho como pedreiro, pintor, jardineiro e outros serviços de mão de obra", completa.
SONHOS.
Erisvaldo conta que entre os planos futuros, ele e a esposa pretendem abrir um ponto fixo para montar uma loja na Cidade.
"Meu sonho é montar uma lojinha para sair da praia. Apesar de as vendas serem boas, é bastante cansativo ter que carregar o carrinho", explica.
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Segundo ele, uma parte da mercadoria compra em Itanhaém e outra em São Paulo. Ele tem dois carrinhos - um deles fica com sua esposa. Erisvaldo explica que tem um espaço, no bairro Satélite, para guardar o carrinho no final do dia e paga um aluguel por mês.
Diz ainda "uma vez por ano vou até Fortaleza, no Ceará, para comprar mercadoria. Vale a pena, pois a mercadoria é bonita, boa e mais barata que comprar aqui. Aproveito para ver a família, passear e comprar as roupas".
E que as saídas são feitas de renda à mão, por mulheres rendeiras do Ceará. Também tem família e local para ficar em Fortaleza.
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