Centenas de águas-vivas apareceram mortas em Itanhaém / Edipo Oliveira
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Centenas de águas vivas foram encontradas mortas nas praias de Itanhaém, na manhã desta sexta-feira (1). Elas pertencem a espécie Lychnorhiza lucerna e, de acordo com biólogas, encalhes como este podem estar associados à pesca de arrasto.
O gerente do quiosque Edipo Oliveira Almeida conta que avistou as águas-vivas mortas, no início da manhã desta sexta, na praia do Jardim Praia Grande. "Eu cheguei, por volta das 9h, para trabalhar no quiosque. Fomos começar a montar as mesas e vimos uma mancha na areia. Chegamos perto e eram águas vivas", disse o morador.
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Esta é a primeira vez que ele viu tantos animais deste tipo na areia. "Mais de 100 água-vivas juntas. Bem mais, de 100 a 200 caídas no chão. É a primeira vez, em dois anos trabalhando no quiosque, que vejo essa quantidade de águas-vivas mortas. Nunca tinha visto isso", conta.
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Logo após avistar a cena, o morador entrou em contato com o Instituto Biopesca, que realiza o resgate e tratamento de animais marinhos.
De acordo com os biólogos do Instituto Biopesca, esses encalhes não são incomuns. Eles explicam que a mudança de estação, de inverno para primavera, aumenta a temperatura da água do mar e, assim, há condições mais favoráveis para abundância de alimentos para as águas-vivas. Por isso, elas se aproximam da costa para se alimentar.
Os encalhes podem estar associados à pesca de arrasto, que captura espécies de animais que não são o alvo da pescaria, a exemplo das águas-vivas. Elas são descartadas no mar e trazidas para as praias pelas correntes marítimas.
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