ITANHAÉM
Joana Scholtes lança seu segundo livro "Imponderável Travessia", nesta sexta-feira (2), a partir das 18 horas, na Pinacoteca Municipal "Alfredo Volpi"
Joana lança o segundo livro com relatos, crônicas, contos e poesias, sobre a sua trajetória por diversos países / Nair Bueno/ DL
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A advogada e escritora Joana Maria Soares Merlin Scholtes, ex-funcionária da Organização das Nações Unidas (ONU), vai lançar o seu segundo livro “Imponderável Travessia”, nesta sexta-feira (2), a partir das 18 horas, na Pinacoteca Municipal “Alfredo Volpi”, no centro de Itanhaém. Há ainda uma exposição, com 50 fotos das viagens da autora, que pode ser vista até 1º de julho.
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Formada em Direito na Faculdade Católica de Direito de Santos e em Ciências Sociais na Faculdade Anchieta de São Paulo, Joana também conclui mestrado no Instituto Internacional de Administração Pública e doutorado em Direito pela Universidade de Paris Pantheón-Sorbonne, na França.
A seguir, a autora fala sobre o livro que conta a sua trajetória, em missões da ONU por mais de 100 países, retratada por meio de relatos, crônicas, contos e poemas:
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Diário do Litoral – Como surgiu a ideia de escrever o livro?
Joana Scholtes – Chega um momento na vida que temos vontade de deixar um testemunho de tudo o que vivemos. Sempre gostei de escrever e já havia lançado meu primeiro livro de poesias. Agora senti vontade de falar um pouco da minha trajetória. Escrevi algumas coisas novas, mas também recolhi relatos antigos.
DL – Por que o título “Imponderável Travessia”?
JS – São inspirações que vem a nossa mente. A vida para mim é uma travessia, em que, às vezes, é fácil, às vezes, é difícil. E imponderável porque não tem peso, preço, sendo algo imensurável. Minha travessia pela vida tem sido imponderável, cheia de aventuras.
Trabalhei na ONU por 28 anos e, após me aposentar, em 2007, continuei como consultora por mais seis anos. Já viajei por 105 países, a maior parte em missão da ONU. Meus dois filhos nasceram e estudaram no exterior. Hoje, eles moram na Europa.
Nunca perdi minhas raízes brasileiras e sempre vínhamos para Itanhaém, onde minha família morou. Mas viemos morar a partir de 2007.
DL - Do que trata o livro?
JS – O livro mostra alguns relatos de parte da minha história. Tem ainda contos, poemas e crônicas que escrevi durante a minha trajetória. Muitas pessoas querem saber sobre a carreira na ONU e a minha vivência em países nos quais atuei e morei.
Conto a história de meu avô que foi Intendente, como se fosse o prefeito, em Itanhaém. E de meus avós paternos que vieram da Itália para o Brasil. Meus avós maternos nasceram na Cidade. Apesar de ter sido criada em Santos, meus pais tinham casa em Itanhaém e vínhamos aos finais de semana.
Na época ainda não havia a rodovia Padre Manoel da Nóbrega e o trajeto era feito pela praia, de carro. Mas meu pai olhava a tábua da maré para saber se podia passar na praia.
Além de vários poemas sobre Itanhaém e as festas religiosas, como o Reisado, a Festa do Divino. E finalizo “assim chega ao fim a resenha de minha transloucada, alucinada, inesquecível e incompleta travessia”.
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DL - Quanto tempo levou para concluir?
JS – Há cerca de um ano comecei a organizar o material. Durante as missões da ONU, nos países afetados por desastres naturais ou guerras, como Paquistão, Haiti, Tailândia, Moçambique e outros, escrevia cartas aos amigos. Selecionei algumas delas e decidi publicar as histórias.
DL - Esse é o seu segundo livro?
JS – Sim, mas deve ser, provavelmente, o último livro. Já havia lançado o “Poemas do Costão”, de poesias. Minha história já está sendo contada neste segundo livro.
DL – Tem uma exposição de fotos?
JS – Trata-se uma exposição com 50 fotos na Pinacoteca Municipal. São imagens dos países pelos quais passei em missão da ONU.
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Meu marido Wolfgang Scholtes, ex-funcionário da ONU, também fez uma travessia pelo oceano Atlântico, por nove meses, navegando em um veleiro. Ele partiu da Irlanda e chegou em Fernando de Noronha, no Brasil, mas algumas fotos se perderam.
As principais fotos registradas foram na Mauritânia (África), na Grécia, Viena (Áustria), Haiti, Madagascar (África), entre outros países pelo mundo.
DL - E sobre os planos futuros?
JS – Sou mediadora e conciliadora no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. É uma forma de continuar a melhorar a vida do próximo. O trabalho da ONU é nesse sentido, de ver o progresso de uma cidade, como no Haiti, após o terremoto.
São ações humanitárias. Atuei na área do desenvolvimento que se interligou ao humanitário.
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Pretendo continuar a trabalhar nessa área. Gosto de atuar com pessoas e saber como elas vivem, além de ajudar em conflitos. Me sinto gratificada.
Faço parte da Academia Itanhaense de Letras e dos grupos folclóricos e religiosos, como o Reisado de Itanhaém, a Aprodivino e da Sociedade de Apoio à Causa Indígena (Saci).
Vou lançar o livro também em Santos. Interessados em adquirir o título, após o lançamento, podem entrar em contato por e-mail [email protected].
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