Flutuante da travessia já chegou, mas falta guindaste para içar / Divulgação
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Trinta dias e nada. Já completou um mês que a travessia entre Guarujá e Bertioga está interditada porque o flutuante de acesso à balsa afundou. Segundo informação obtida ontem pela Reportagem, o novo flutuante enviado pelo Departamento Hidroviário (DH) está no local, mas aguarda o guindaste para levantar e retirar o antigo. O DH informa que a travessia só deverá ser retomada no final do mês e se o tempo ajudar.
"Eles (DH) ficam dizendo na Imprensa que vai resolver mas não estão fazendo nada. Prometeram resolver até quarta-feira passada mas está tudo parado. Só trouxeram um flutuante novo, mas o principal, que é trazer o guindaste para levantar a ponte de madeira que está ainda debaixo da água no canal de Bertioga, não fizeram até agora. Só promessas", lamenta o secretário geral da Associação dos Moradores e Amigos da Cachoeira da região do Rabo do Dragão, Sidnei Bibiano da Silva.
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Desde o último dia 12 de junho, cidadãos e cidadãs que utilizam diariamente o sistema de travessia gratuito estão tendo muitas dificuldades. A situação gerou indignação das prefeituras de Bertioga e Guarujá, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da deputada federal Rosana Valle (PL). Mas indignação não resolve o problema.
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Rosana chegou a pedir à Secretaria de Transportes e Logística do Estado de São Paulo a implantação de um serviço de embarcações, em caráter emergencial, para atender aos moradores da Prainha Branca e bairros próximos de Guarujá.
Eles dependem da travessia do Canal de Bertioga para trabalhar, fazer tratamento de saúde, levar os filhos à escola e fazer compras no município vizinho. No entanto, o problema persiste.
Conforme já revelado pelo Diário, os moradores que atravessavam gratuitamente de balsa passaram a pagar R$ 5,00 toda vez se dirigem a Bertioga. Famílias chegam a gastar R$ 50,00 por dia.
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Donos de pequenos barcos passaram a fazer a travessia do jeito que podem, mas sempre tomando cuidado com a segurança, levando coletes salva vidas e ajudando os passageiros no embarque e desembarque.
PROMESSA.
No dia 1º último, o DH anunciou o transporte do novo flutuante, que seria anexado à ponte, que seria restaurada e daria mais segurança à população e retornando à gratuidade. Um investimento é de R$ 3,8 milhões.
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O novo flutuante foi totalmente reformado, no estaleiro do Guarujá pela Secretaria de Logística e Transportes do Estado. Após os prazos legais, o DH disse que assinaria a ordem de serviço para o início dos trabalhos no último dia 6, após uma inspeção obrigatória da Marinha do Brasil para instalação do maquinário.
Informou ainda que, com a retirada da ponte do mar, o DH faria uma avaliação técnica da estrutura e adotaria as medidas necessárias para o reparo e o restabelecimento de todo o sistema de travessia Bertioga/Guarujá.
NOVA PROMESSA.
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Segunda-feira, a Ouvidoria do DH informou Sidnei Bibiano que o guindaste para içamento da ponte já se encontra no Porto de Santos com chegada prevista à travessia entre Guarujá e Bertioga entre hoje e amanhã, dependendo das condições climáticas. Segundo o DH, com o içamento da ponte, a estrutura será reformada em um prazo de duas semanas, com previsão de retomada das travessias somente entre 29 e 30 de julho.
"Enquanto isso, a população que depende deste transporte público hidroviário está sofrendo no bolso em plena situação de enfrentamento pós-Covid, que na verdade ainda não acabou, além da alta dos preços de alimentos", afirma Bibiano.
O líder comunitário finaliza: "tudo aqui pra nós, moradores às margens do canal de Bertioga, é difícil. Mas continuaremos na luta por direitos. A cada hora eles dão um prazo para fazer a prestação de serviço mas, na prática, nada estão fazendo para resolver a situação emergencial, pois se trata de um uso de bem comum".
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