Travessia Guarujá-Bertioga vai usar rebocador até março de 2023 / Divulgação
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A Prefeitura de Guarujá encaminhou um ofício à Direção do Departamento Hidroviário (DH) do Estado de São Paulo pedindo o retorno das balsas com motor nas travessias entre o município e Bertioga, operadas diariamente com duas balsas alugadas com rebocadores desde novembro de 2021.
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O serviço emergencial e improvisado, constantemente apresenta problemas, deixando dezenas de cidadãos e cidadãs em dificuldades.
As paralisações totais e parciais viraram rotina. A mais recente ocorreu no último dia 16, quando o sistema foi interditado para um reparo no equipamento localizado do lado de Bertioga, voltando apenas no dia 18, prejudicando a economia local.
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“Estamos pedindo providências o mais breve possível, alegando que a economia local sofre prejuízos com essa situação, na medida em que o trânsito de trabalhadores, turistas e mercadorias é diretamente prejudicado com as medidas adotadas, com o agravante de estarmos em momento do ano em que apenas Guarujá recebe mais de um milhão de visitantes para a virada do ano”, alerta a Administração.
BERTIOGA.
Do outro lado, a Secretaria de Segurança e Mobilidade de Bertioga informa que a gestão da travessia Bertioga-Guarujá é responsabilidade do DH), ligado ao Departamento de Logística e Transportes do Governo do Estado. “A pasta reforça que, apesar da disposição para eventuais alternativas, as demandas sobre ações devem ser solicitadas ao órgão estadual”, pondera.
Após reportagem do Diário veiculada na antevéspera do Natal, o DH informou que continuará mantendo, durante a temporada, a operação nas travessias. Balsas com motores – como ocorre na travessia Santos-Guarujá - para atravessar o Canal de Bertioga só serão viabilizadas mesmo em março próximo.
Segundo o DH, “a alternativa adotada traz vantagens em relação a manutenção. Caso haja algum problema, o rebocador pode ser rapidamente substituído por outro e a balsa volta operar normalmente. Esse modelo é utilizado em todo País e certificado pela Marinha do Brasil”, explica, negando negligência.
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FRÁGIL.
Independente o acerto, ou não, sobre o sistema adotado há meses, o que acontece na realidade é uma travessia permanentemente frágil e prejudicial para cidadãos e cidadãs que se utilizam o transporte que une os dois municípios. Não seria difícil imaginar, por exemplo, a possibilidade de balsas ficarem à deriva em caso de incidentes.
E não precisa muito para deduzir que se os problemas voltarem a ocorrer nos próximos meses, em pleno verão, vão prejudicar ainda mais, obrigando turistas e moradores usar a Rodovia Doutor Manuel Hipólito Rego, a Rio-Santos, gastando tempo e combustível, como já ocorreu inúmeras vezes.
Mesmo assim, o DH justifica que duas balsas alugadas com rebocador são estratégia adotada para que os usuários não sejam prejudicados enquanto as embarcações que atendem esta travessia passam por manutenção.
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“A manutenção, que vem ocorrendo em todas as embarcações desde o início da atual gestão, é importante para garantir segurança, conforto e confiabilidade”. explica o DH.
ÁUDIOS.
Conforto e confiabilidade não refletem bem o que pensa a população do entorno dos usuários, que enviaram áudios e vídeos à Reportagem reclamando do sistema.
Ainda este ano, a travessia entre os dois municípios ficou paralisada por mais de um mês, após acidente registrado em 12 de junho, provocado pela força da maré que soltou os cabos e amarras do flutuante e fez a ponte de 70 toneladas afundar três metros.
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Vale lembrar que o DH liberou o acesso à travessia para ciclistas e pedestres após a contratação emergencial e a locação do guindaste flutuante para içar a ponte.
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