Guarujá

Passeata em Guarujá vai além da agressão à professora

Protesto, que foi organizado pelo Sindicato Funcionários Públicos do Guarujá e Sindicato dos Professores das Escolas Públicas Municipais

Carlos Ratton

Publicado em 19/09/2024 às 06:15

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Segundo os sindicalistas, são comuns ainda, no serviço público, assédios morais, sexuais e outros tipos de violência / Reprodução/Facebook

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A passeata de centenas de professores pelo centro de Guarujá, que terminou na Câmara de Vereadores, na última terça-feira (17), não foi motivada somente por conta da violenta agressão a uma professora de 39 anos, no dia 11, num ponto de ônibus, pela mãe de um aluno da escola Valéria Cristina Vieira da Cruz Silva.

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O protesto, que foi organizado pelo Sindicato Funcionários Públicos do Guarujá (Sindserv) e Sindicato dos Professores das Escolas Públicas Municipais (Siproem), também gerou um documento reivindicatório de legislação específica por conta da falta de segurança envolvendo todo o funcionalismo do Município. 

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Segundo os sindicalistas, são comuns ainda, no serviço público, assédios morais, sexuais e outros tipos de violência.

O presidente do Sindserv, Zoel Siqueira, propôs o envolvimento da Prefeitura, Câmara, polícias militar e civil, outras autoridades, sindicatos, associações de bairros e organizações civis na luta contra a violência.

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O movimento, segundo ele, visa a defesa não apenas dos professores, mas de todo o funcionalismo nos locais de trabalho. Ainda nesta semana, seus organizadores procurarão o prefeito Válter Suman (PSDB).

Agressão

A professora agredida na semana passada recebeu socos, chutes e puxões de cabelos. A agressora, conforme relato da vítima na rede social, bateu sua cabeça no chão várias vezes, ensanguentando-a.

A professora foi socorrida por mães de outros alunos e voltou ao colégio, rapidamente, para procurar socorro e relatar o caso à diretoria. Na manhã de quinta-feira (12), ainda estava em observação hospitalar.

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“Isso precisa acabar. Dia após dia, há relatos de agressões a professores e servidores de outras áreas. A violência acontece mais nas unidades educacionais e de saúde. O que esperamos? Que primeiro morra alguém para depois agirmos?”, questiona Siqueira.

Guarujá possui seis mil servidores na ativa e três mil aposentados. Zoel lembra que o artigo 331 do decreto-lei 2.848-1940 prevê detenção de seis meses a dois anos a quem “desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela”.

Ele colocou o sindicato à disposição da professora agredida, inclusive para medidas judiciais, e adianta que disponibilizará uma linha telefônica da entidade para denúncias de ameaças nos locais de trabalho.

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Prefeitura 

A Prefeitura de Guarujá informa que, em solidariedade à professora, no último dia 10, após o término do expediente, prestou todo o apoio a manifestação ‘Paz, respeito e segurança no ambiente de trabalho’. A Administração repudia qualquer tipo de violência e reitera seu apoio à mobilização organizada pelo Siproem e pelos servidores, que aconteceu na última terça-feira (17). 

Além de disponibilizar acompanhamento psicológico e agilizar o encaminhamento da vítima a outros serviços, como o otorrinolaringologista já agendado para esta semana, a Secretaria Municipal de Educação (Seduc) dispensou os educadores do período vespertino para participarem da iniciativa. 

A condição não se aplicou aos turnos matutino e noturno. Enquanto a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) investiga o caso, a Prefeitura prossegue com políticas públicas de combate à violência na rede municipal de ensino, como o Programa de Prevenção às Drogas e Violência (PPDV) e a campanha ‘Digo Sim ao Respeito’.

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