Guarujá

Moradores querem ocupar escola estadual em Guarujá

Associação quer transformar escola abandonada em centro de atividades sociocultural e ambiental à comunidade

Carlos Ratton

Publicado em 31/03/2022 às 07:00

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O secretário geral da Associação dos Moradores e Amigos da Cachoeira da região do Rabo do Dragão, Sidnei Bibiano Silva dos Santos, está pleiteando via Diretoria Regional de Ensino, junto à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, o prédio abandonado da antiga Escola Estadual Rural Bom Jardim. O líder da comunidade tradicional caiçara que vive as margens do Canal de Bertioga, quer transformar o local num ponto de atividades e cursos para pescadores e moradores da região.

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"A infraestrutura lá existente, mesmo prejudicada por conta do abandono, pode ser refeita pela comunidade e servir para ações de cunho coletivo sócio ambiental, sócio educativo, oficinas e palestras, reuniões e eventos para as nossas comunidades locais. Trabalho com crianças, adultos, jovens, idosos. Conseguiremos também trazer cursos de função social a fim de gerar emprego e renda e também a geração de economia solidária para nossos moradores", argumenta Bibiano, que acredita que mais de 1.200 pessoas de diversas idades seriam beneficiadas.

Em novembro de 2021, a situação da escola foi denunciada pelo Diário do Litoral. Ela fica no quilômetro 16,8 da Rodovia Ariovaldo de Almeida Vianna SP 61, também conhecida como Estrada Guarujá Bertioga, às margens do Canal de Bertioga, ao lado da entrada do loteamento Sítio São Pedro (de alto padrão). Ela foi inaugurada em 10 de março de 1963, na gestão do então prefeito Jaime Daige, portanto, completou 59 anos.

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Na época, o prédio estadual foi inaugurado para atender filhos de sitiantes que viviam da plantação de bananais, cana de açúcar, mas também da atividade da pesca artesanal, que é mantida até hoje na região, apesar do pouco incentivo por parte das autoridades municipais e estaduais.

A alvenaria, embora bastante castigada, ainda é recuperável. No entanto, mesas, cadeiras, bancos, armários, carteiras escolares e até material (livros, apostilas, cadernos, lápis, cola) se deterioram. O forro já não existe mais e as lousas resistem ao tempo. Tudo no entorno está destruído e sendo consumido pela mata.

"Um prédio que foi construído com verba pública e o Estado pode entregar o espaço para setor privado ao invés de uma associação, sem fins lucrativos, que quer adquirir o espaço para atividades sociais para nossos familiares de Pescadores que vivem as margens do canal de Bertioga", completa Bibiano.

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ESTADO

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) já se manifestou confirmando que o prédio foi desativado em 2019 por não possuir condições adequadas de segurança e conforto para a realização das aulas. A unidade possuía apenas 20 estudantes matriculados, que foram redirecionados para unidade municipal mais próxima.

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