Greve

Merendeiras param e fazem assembleia nesta terça-feira, em Guarujá

Sem pagamento de vale-refeição e transporte, além de atrasos salariais, merendeiras terceirizadas cruzaram os braços

Carlos Ratton

Publicado em 03/10/2023 às 07:00

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Assembleia contou com a presença de várias trabalhadoras de Guarujá e Vicente de Carvalho / Divulgação

Sem pagamento de vale-refeição e vale-transporte, além de constantes atrasos salariais, 107 merendeiras terceirizadas de 15 creches e dez escolas municipais de Guarujá entraram em greve e realizam assembleia hoje para definir passos do movimento.

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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Coletivas da Baixada Santista e Litoral (Sintercub), Abenésio dos Santos, comunicou a paralisação na quinta-feira (28).

Ele oficiou à Prefeitura de Guarujá e à empreiteira DML Eirele que a greve será por tempo indeterminado. E imediatamente recebeu apoio do presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Guarujá (Sindserv), Zoel Siqueira.

Segundo Santos, a empresa atrasa os salários e não paga a multa à categoria prevista na convenção coletiva de trabalho. Ela também não fornece uniformes e equipamentos de segurança.

O sindicalista revela que a empreiteira não deposita, na Caixa Econômica Federal, o valor do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que desconta das trabalhadoras.

Ele explica ainda que a empresa não providenciou o convênio médico e não negocia a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho.

"A situação chega ao cúmulo das companheiras pagarem a condução do próprio bolso para ir e voltar do trabalho", reclama o sindicalista, que já notificou os problemas diversas vezes à secretaria de educação.

"É em situações como essa que as terceirizações levam o serviço público", diz Zoel Siqueira, que colocou o Sindserv à disposição do Sintercub para assembleias e outras atividades do movimento.

Segundo Abenésio, os vales Refeição e Transporte estão atrasados há dois meses e a Secretaria de Educação não toma nenhuma providência. Ele estima que o contrato com a Prefeitura seja de oito milhões por ano.

PREFEITURA

A Secretaria de Educação (Seduc) de Guarujá informa que não há débitos municipais em aberto junto à empresa DML Service Alimentação Eirelu.

O fornecimento de refeições aos estudantes da rede segue normal e o Município solicitará esclarecimentos à terceirizada, em relação aos problemas relatados pela reportagem.

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