Culto à religião africana já está presente em várias cidades / Divulgação/PMG
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Amanhã (3), na 18ª Festa de Iemanjá, por mais um ano, 6.500 adeptos de religiões afro-brasileiras de 400 terreiros espalhados na Cidade terão que se conformar em ainda não ter uma estátua da Rainha do Mar na orla do Município.
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A questão praticamente já virou tabu na cidade que, durante os festejos, chega a receber um público de 15 mil pessoas. Neste sábado, a procissão começa às 18 horas e a concentração será às 17 horas, em frente ao Teatro Procópio Ferreira, na Enseada.
Há meses, a Prefeitura vem informando praticamente a mesma coisa: que está em processo de definição do local em que a estátua, que encontra-se abrigada no Complexo Administrativo e Operacional da Prefeitura, no Jardim Boa Esperança, será instalada.
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Vale lembrar que, há dois anos, existe um espaço destinado a ela - um suporte de alvenaria na Avenida Miguel Estéfano, na Enseada, muito próximo do teatro.
"Já foi instaurado um processo administrativo para discutir parâmetros técnicos sobre a instalação da estátua, entre elas o local. Houve definição da melhor localidade para receber o monumento, contudo, após ciência da comissão municipal formada por membros da sociedade civil instaurada para tratar do tema, sobreveio ofício de representantes de grupos interessados no assunto sugerindo outro local para a instalação. Sendo assim, nova reunião será agendada para discutir o tema", explica a Administração.
HISTÓRIA.
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A história da estátua é uma verdadeira mistura de ingerência entre poderes e falta de fiscalização municipal, que acabou atrasando a implantação do monumento a Iemanjá. Conforme já apurado, a estátua de Iemanjá, que será negra e não branca - a religião é de origem africana - custou cerca de R$ 45 mil, oriundos de uma emenda impositiva do vereador José Nilton Lima de Oliveira (PSB), o Doidão, que morreu em um trágico acidente em 2022.
Vendo a aflição dos adeptos da religião pela demora da instalação, o vereador Sérgio Santa Cruz, tentando agilizar, conseguiu a permissão de início da obra da base, na orla da Enseada. Com a permissão concedida pela Prefeitura, a empresa iniciou a obra. No entanto, a Promotoria Pública pediu à Secretaria de Obras o alvará de construção. Como não existia, não restou alternativa senão a suspensão da obra e, consequentemente, a instalação.
ASSOCIAÇÃO.
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No ano passado, a Associação de Povos de Terreiros Rainha do Mar - Guarujá e Região chegou a expedir documento pedindo a expedição do alvará de construção; o início da construção das duas etapas - base e urbanização; que o projeto fosse aprovado nas medidas sugeridas e isenção de taxas e impostos fiscais pois os serviços de construção da base e a urbanização foram doados.
A imagem - de 4,30 metros de altura; 1,30 de largura; 1,30 de comprimento e pesando entre 250 a 300 quilos - tem que ter uma base de quatro furos, sendo cada um nos ângulos de 90º graus.
O artesão vicentino Luiz Garcia, autor da estátua, disse que será preciso dar um retoque na pintura da estátua antes da remoção e transporte, por conta do tempo em que está guardada. Ele será posicionada de costas voltadas para a areia da praia e a face para a Avenida Miguel Estéfano, como se estivesse saindo do mar, sob uma base de dois metros de altura; 1,6 metro de comprimento por 1,6 metro de largura.
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