Carro do Pai da Aviação chegou a passar por uma restauração em Santos ano passado / Nair Bueno/DL
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Após muita reclamação nas redes sociais, inclusive, à Reportagem do Diário do Litoral, a Prefeitura de Guarujá confirmou que doou o carro fúnebre do aviador Alberto Santos Dumont para o acervo do Museu Aeroespacial do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, no Rio de Janeiro.
As queixas são, principalmente, que o veículo poderia servir como uma peça de decoração histórica a ser colocada no saguão do futuro Aeroporto de Guarujá.
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Segundo a Administração, pela natureza do objeto, não há necessidade de autorização legislativa para efetivação da doação e há procedimento administrativo específico, instaurado para tal fim, onde tramitou regularmente junto à Procuradoria Municipal, enfrentando a questão.
A doação oficial ocorreu no Iate Clube de Santos, durante as festividades dos 150 anos do aniversário do Pai da Aviação, com a participação do prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), secretários municipais e autoridades da Aeronáutica, Exército, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Marinha.
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AGRADECEU.
O comandante do IV Comando da Aeronáutica (COMAER), o major-brigadeiro Luiz Cláudio Macedo dos Santos, agradeceu a iniciativa da Prefeitura de Guarujá. "Para a Força Aérea Brasileira é uma oportunidade única receber o carro fúnebre do pai da aviação em nosso acervo permanente", ressaltou.
Para o prefeito de Guarujá, a solenidade se tornou um momento de civismo importante na Cidade. "Tenho muito orgulho de fazer parte deste ato ao lado de tantas autoridades. Agradeço a Aeronáutica por reservar um espaço especial para preservar a memória deste gênio brasileiro", pontou Válter Suman.
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ANO PASSADO.
O veículo, um Chevrolet Ramona preto fabricado em 1929, passou por um amplo processo de restauração no município de Santos, sem custos aos cofres públicos. A ação aconteceu a partir de uma parceria da Prefeitura de Guarujá, por meio da Secretaria de Turismo (Setur), com o Memorial Necrópole Ecumênica, que doou o serviço à Cidade.
Alberto Santos Dumont era mineiro e faleceu em Guarujá, em 1932, ao cometer suicídio no Grand Hotel La Plage (hoje Shopping La Plage), na Praia de Pitangueiras, no dia 23 de julho. O corpo do aviador brasileiro foi conduzido no carro passando pela Avenida Puglisi, seguindo até a travessia de balsas entre Guarujá e Santos. De lá, o cortejo seguiu em direção a São Paulo, e depois para o Rio de Janeiro, onde foi sepultado.
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Astrônomo amador, inventor, projetista, balonista e aviador, Santos Dumont construiu e voou nos primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina, inaugurando a era dos voos controlados a partir de 1901, feito que o tornou uma das pessoas mais famosas do mundo no início do século XX.
Também foi o primeiro a decolar a bordo de um avião impulsionado por um motor a gasolina, o 14-Bis, em 1906. Voo este reconhecido pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI) e Aero Club de Paris, como o primeiro voo homologado de um veículo "mais pesado que o ar" assistido, fotografado e filmado.
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