Guarujá completa cinco anos sem casos de transmissão vertical de HIV

Por mais um ano – do total de cinco anos – sem transmissão vertical de HIV, Guarujá foi contemplada na 4ª edição do Prêmio Luiza Matida, idealizado pelo Programa Estadual DST/ Aids-SP, que é uma homenagem à falecida pediatra e sanitarista Luiza Harunari Matida. Na Capital, representantes da Saúde da Cidade receberam uma placa em homenagem aos esforços para eliminar a contaminação do vírus da mãe gestante para seu bebê.

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A coordenadora de IST/Aids e Hepatites Virais de Guarujá, Márcia Helena Rodrigues Mendes dos Santos, lembra que as chances são de 15% a 45% da criança com mãe HIV positivo nascer positivada. Com o acompanhamento adequado, no entanto, é possível reduzir essa transmissão para menos de 2%. "Durante o pré-natal, são realizados exames de rotina, inclusive o de HIV, no primeiro, segundo e terceiro trimestres. Em caso positivo, a mãe começa um tratamento para reduzir a carga viral", explica.

E quem sentiu alívio e alegria ao zerar essa transmissão foi uma mãe, que tem 29 anos e prefere não se identificar, que comemorava a alta do seu bebê na Unidade após dois anos de acompanhamento. "Descobri minha condição em 2016 e comecei a fazer o tratamento multidisciplinar aqui mesmo. Eu não planejava, mas descobri uma gravidez. Com o acompanhamento, meu bebê está livre do vírus e isso é maravilhoso. Aqui, o sigilo é absoluto", diz ela.

Cuidados

Durante a gestação, todos os dias, a mãe deve tomar a medicação antirretroviral para o controle de seu HIV. Ao começar o trabalho de parto, é injetada a medicação antiviral AZT e, quando o bebê nasce, é iniciada a ingestão de um antirretroviral por um mês. Assim que a criança testar negativo, ela recebe alta do acompanhamento.

Atualmente, a Unidade Complexa William Rocha, que realiza o atendimento de pacientes com HIV/Aids e outras doenças infectocontagiosas, acompanha 20 bebês expostos ao vírus e 10 gestantes com a doença.