ONG protocolou uma representação no MP pedindo providências / Divulgação/PMG
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A organização não-governamental Associação Guarujá Viva (Aguaviva) protocolou ontem uma representação no Ministério Público pedindo providências em relação ao sistema de monitoramento por câmeras da Cidade. A preocupação surgiu durante a última reunião do Conselho de Segurança do Centro (Conseg) de 2023, quando um oficial da Polícia Militar teria citado a inoperância das câmeras de monitoramento. Conforme apurado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), pelo menos metade dos equipamentos disponíveis no Guarujá e no distrito de Vicente de Carvalho estaria sem funcionar.
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A situação seria ainda mais grave na Avenida Thiago Ferreira, que concentra uma das áreas comerciais mais importantes da Região Metropolitana da Baixada Santista. Nessa região de Vicente de Carvalho nenhuma das sete câmeras estaria funcionando atualmente.
“Extraoficialmente, a Prefeitura confirmou o problema na Thiago Ferreira, mas alegaram falta de recursos para reativar as câmeras”, revela Orlando João de Souza Júnior, vice-presidente da CDL Guarujá, entidade que representa mais de mil comerciantes no Município.
"Nós sabemos que a segurança de uma cidade não é feita apenas por câmeras de monitoramento. Elas não evitam, mas inibem, em muitos casos, ações potencialmente criminosas. Agora, sem essa fiscalização tudo fica ainda mais frágil e a sensação de insegurança cresce em todos os cantos da Cidade", salienta o engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Aguaviva.
Fundador e atual vice-presidente do Conseg do Centro, um dos três atuantes no Município, o aposentado Leandro Maurício Batista Pinheiro alega que perdeu a conta de quantas vezes os representantes dos três Consegs da Cidade estiveram reunidos com secretários de Estado da Segurança Pública pedindo providências.
“Esses são equipamentos de ordem preventiva. Quando o sujeito olha para cima e vê que está sendo filmado ele não dá sequência no ato criminoso”, completa o vice-presidente doo Conseg do Centro, há 20 anos envolvido com as questões comunitárias de segurança.
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OITO PERGUNTAS.
A Aguaviva submeteu oito perguntas no requerimento enviado ao Ministério Público. No documento, a entidade cita, entre outras coisas, que o Guarujá possuiria apenas 128 câmeras, contra 1.733 equipamentos similares em Santos e mais de três mil em Praia Grande.
Ou seja, segundo a Aguaviva, o Guarujá teria o equivalente a apenas 4,26% das câmeras disponíveis na Praia Grande e menos de 8% do contingente disponível para o monitoramento para fiscalização de ilícitos em Santos.
ESCOLAS E AVENIDAS.
A Prefeitura informou ontem no final da tarde que o Município conta com 2.197 câmeras públicas, sendo 2.010 instaladas em 72 unidades de ensino, incluindo todo o perímetro escolar, todas em operação.
Os serviços são realizados por uma empresa contratada pela Secretaria de Educação e fiscalizados pela Secretaria de Defesa e Convivência Social (Sedecon).
Já nas praias, ruas e avenidas do Guarujá e de Vicente de Carvalho, a Administração Municipal alega ter outros 187 equipamentos. Porém, nas entrelinhas, admite que essas câmeras não funcionam 100%.
Por intermédio da Secretaria Municipal de Comunicação e Relações Sociais, a Prefeitura disse que “neste momento, a Sedecon, responsável por elas, aguarda a conclusão de processo licitatório para contratação de empresa especializada em manutenção preventiva e corretiva de todo o sistema, para que estes equipamentos também voltem a integrá-lo”.
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