Guarujá

Ex-vereadora Andressa Sales é absolvida de suposta 'rachadinha'

Após cinco anos, a Justiça de São Paulo absolveu a ex-parlamentar de Guarujá e seu ex-assessor

Carlos Ratton

Publicado em 26/07/2023 às 08:00

Atualizado em 26/07/2023 às 14:10

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'A verdade sempre vai prevalecer', desabafou Andressa / Rodrigo Montaldi/Arquivo DL

"A justiça divina nunca falha e, a da terra, decidiu que minha luta para provar minha inocência foi justa. Infelizmente, na vida, a gente se depara e sempre vai se deparar com gente maldosa. O tempo passou mas, graças a Deus, provei que sou inocente. Sempre vou acreditar na Justiça, inclusive a dos homens. Foram muitas perseguições no meu mandato, por ser combativa. Viramos mais uma página da política suja do Guarujá. Sigo de cabeça erguida. Hoje, me sinto realizada por essa vitória. A verdade sempre vai prevalecer", desabafou ontem ao Diário a ex-vereadora Andressa Sales.

Após cinco anos, a Justiça de São Paulo absolveu a ex-vereadora de Guarujá e seu ex-assessor, Kennedy Gama dos Santos, por supostamente terem cobrado parte dos salários mensais de outro ex-assessor para que ele continuasse com o cargo comissionado.

O juiz André Rossi, da 2ª Vara Criminal de Guarujá, escreveu em sua sentença: "a eventual condenação dos acusados estaria fundada unicamente nas declarações prestadas que não foram confirmadas em juízo. A absolvição pela prática do crime de concussão, ante a insuficiência de provas para a condenação, é medida que se impõe".

O advogado de Andressa, Caio Nunes, disse que "em cinco anos de processo, a acusação não logrou êxito em comprovar nenhum vínculo da ex-vereadora com qualquer atividade ilícita. Todas as testemunhas contrariaram a denúncia e não existiu nenhuma movimentação financeira atípica que indicasse prática criminosa. Justiça foi feita".

MP.

Em 2018, Andressa e Kennedy foram alvo do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). Ambos negaram as acusações de concussão - exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

Andressa foi eleita vereadora de Guarujá por ter conquistado 1.799 votos, em 2016. A acusação era que ela, numa reunião em sua casa, teria convidado os ex-assessores para trabalhar, desde que eles repassassem à ela cerca de três mil mensais de seus vencimentos, o que teria sido aceito por ambos.

Quando chegou o 13º salário, um deles foi cobrado pelo outro sobre os três mil reais, o que fez com que o suposto devedor não concordasse.

No dia 5 de junho de 2017, Andressa exonerou o insatisfeito, alegando que o rapaz quase não trabalhava e que as acusações seriam uma "retaliação dele em não aceitar a sua demissão ou algum outro político tentando prejudicá-la".

No último dia 21, o juiz decidiu que a ação movida pelo MP-SP é improcedente e sua decisão ocorreu por inúmeras circunstâncias e falta de provas. Após ouvir várias testemunhas e até a analisar contas bancárias de assessores, escreveu nos autos do processo que relatos deram conta que Andressa nunca solicitou ou exigiu qualquer quantia.

Também escreveu que uma das testemunhas nunca viu Andressa autorizar nenhum tipo de cobrança ou exigir nenhum tipo de vantagem de qualquer assessor parlamentar.

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