A Polícia Militar esteve no local em que os trabalhadores protestam por e salários e direitos trabalhistas / Nair Bueno/ DL
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Cerca de dois meses após a chegada dos contratados em Guarujá e vinte e quatro horas após a Reportagem publicar que cerca de 30 trabalhadores estão abandonados, as empresas ligadas à situação resolveram se manifestar.
A Alupar Investimento S.A, por exemplo, informa que os trabalhadores não são seus contratados, mas sim da Estrutural Engenharia, para prestar serviços para implantação da Subestação Domenico Rangoni da Empresa Litorânea de Transmissão de Energia S.A - ELTE. A Alupar confirma que controla essa última empresa.
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"A não efetiva prestação dos serviços pela Estrutural da forma contratada acabou resultando a rescisão do contrato firmado com a ELTE. De toda forma, com intuito de mitigar a situação destes trabalhadores em decorrência da conduta praticada pela Estrutural, a ELTE deu início as tratativas necessárias para que a empresa cumpra com as obrigações assumidas com os empregados e com ela própria, uma vez que houve descumprimentos contratuais", retifica a Alupar.
CETESB.
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A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), agência do Governo do Estado de São Paulo, informa, por sua vez, que sua placa está no local mas diz respeito a uma autorização para supressão de vegetação, com compromisso de recuperação ambiental (replantio).
"Não é de responsabilidade nossa o contrato de empresa terceirizada para fazer qualquer intervenção no local objeto da obra da subestação. A inscrição da empresa responsável, a ELTE", explica.
SITUAÇÃO.
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Os trabalhadores(as) das mais diversas áreas de atuação ainda estão passando fome e sem direitos trabalhistas cumpridos. Eles permanecem reunidos em protesto numa das vias de acesso à marginal da Rodovia Domênico Rangoni, em Guarujá, em frente à área em que deveriam estar prestando serviços em suas áreas de atuação.
São serventes, carpinteiros, pedreiros, socorristas, enfermeiras, controladores de portarias, engenheiro, biólogo e outras funções, a maioria do Nordeste brasileiro, que vieram para trabalhar nas fundações da subestação e estruturas metálicas para linhas de energia.
Eles chegaram dia 18 de maio último e foram registrados no dia 22 daquele mês. Foi prometido salários (média de R$ 2.300,00) e horas extras, cartões de alimentação (R$ 300,00) e outros benefícios trabalhistas.
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Mas nada foi cumprido e o fornecimento de alimentação foi cortado há uma semana.
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