No total, 11 empresas disputaram o certame, aberto pela Prefeitura / PMG/Divulgação
Continua depois da publicidade
A Paradigma Projetos e Obras Ltda. Será responsável pela construção do terminal de passageiros do futuro Aeroporto Civil Metropolitano, no Guarujá. A proposta da empresa foi de uma empreita no valor total de R$ 2.780.182,36. Esse valor ficou abaixo do R$ 3,47 milhões estimados na abertura do processo licitatório. Isso significa que o contrato será firmado com um desconto de quase 20% em relação ao valor estimado inicialmente. O resultado do processo licitatório foi publicado no Diário Oficial do Município do último sábado (05). Agora, a Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos passa à fase de elaboração do contrato entre as partes, etapa que deve estar concluída até o final deste mês. As obras devem começar dentro de 15 dias após a formalização do acordo.
No total, 11 empresas disputaram o certame, aberto pela Prefeitura. Mesmo com a estimativa inicial de um investimento em torno de R$ 3,47 milhões, umas das empreiteiras interessadas no contrato orçou os serviços em mais de R$ 12,6 milhões, o que representaria um sobrepreço de mais de 250% em relação aos valores sugeridos inicialmente.
Continua depois da publicidade
Antes de divulgar o resultado da licitação com o nome da vencedora, a Secretaria de Assuntos Jurídicos analisou recursos administrativos interpostos pelas empreiteiras concorrentes. A Paradigma tem sede no Jardim Jussara, em São Paulo, “Trabalhamos com entusiasmo e empenho nas obras do Aeroporto do Guarujá, um projeto que promete impulsionar o desenvolvimento da cidade e de toda a região. Quando concluído, o aeroporto fortalecerá toda a Baixada Santista e região, criando novas oportunidades e gerando renda”, explica a secretária de Planejamento de Guarujá, Polliana Iamonti.
Polliana diz ainda que a Prefeitura tem realizado negociações estratégicas para o uso do aeroporto por grandes empresas, a fim de consolidar o Município como polo econômico no Estado.
Continua depois da publicidade
O futuro terminal terá 300 metros quadrados e a previsão é que as obras durem cinco meses após a assinatura do contrato com a vencedora da licitação. O espaço para embarque e desembarque dos passageiros integra a segunda fase do projeto de adaptação das instalações da Base Aérea de Santos, no Distrito de Vicente de Carvalho.
A primeira fase começou em março, contempla reformas na pista de pouso e decolagem, no espaço para taxiamento das aeronaves e o cercamento do futuro aeroporto. Esse pacote de intervenções deve ser concluído até o final deste ano a um custo de R$ 19 milhões. Os trabalhos estão a cargo da Terracom Construções Ltda.
O aeródromo faz parte da carteira de investimentos do novo Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) do Governo Federal e as obras da primeira e da segunda fase serão pagas pelo Fundo Nacional de Aviação Civil.
Continua depois da publicidade
O compartilhamento do espaço entre civis e militares foi precedido de um zoneamento que ordenou as áreas para cada atividade.
A ordem de serviço para o início da primeira fase das obras foi assinada pelo prefeito Valter Sumam em 27 de fevereiro, 105 anos depois de o aviador Virginius de Lamare ter pousado uma aeronave pela primeira vez em ‘solo caiçara’.
Segundo a Prefeitura, empresas aéreas vêm demonstrando interesse na operação de voos comerciais a partir do futuro aeroporto. A expectativa é que, em 2025, os primeiros Cessna Caravan 208 com capacidade para dez a 14 passageiros já estejam operando voos diários para o Rio de Janeiro e Campinas.
Continua depois da publicidade
A área da União onde será instalado o futuro Aeroporto Civil Metropolitano pertence à União e, desde dezembro de 1924, está ocupada pela Base Aérea, batizada inicialmente como Posto de Aviação Naval de Santos. A unidade militar localizada em Vicente de Carvalho foi a primeira do gênero no País. Hoje, o Brasil conta com outras 18 bases aéreas.
A adaptação da Base Aérea para que possa receber voos de passageiros era esperada pelas lideranças políticas e empresariais da região há quase quatro décadas, desde que a Rio-Sul Linhas Aéreas parou de voar do Guarujá com destino a São José dos Campos e Rio de Janeiro nos anos 1980.
Mas, o feito do aviador Virginius de Lamare inaugurou, em 1919, a relação de fascínio e de idas e vindas da região com os aviões. E essa conexão começou com os hidroaviões.
Continua depois da publicidade
O sonho de um aeroporto começou a ser embalado em 1921, quando o deputado federal santista César Lacerda de Vergueiro (1886/1957) apresentou projeto na Câmara dos Deputados visando a criação de uma base aeronaval.
Nessa época, os hidroaviões pousavam na altura da Ponta da Praia. Daí, o destino era a Praia do Góes, o atual bairro da Conceiçãozinha ou a região da Bocaina, em Guarujá.
Nessa época o Governo Federal destinou seis aeronaves para o patrulhamento da costa. À Marinha caberia construir hangares. A pedra fundamental da atual Base Aérea foi lançada em outubro de 1922, as desapropriações começaram em 1923 e as primeiras instalações militares surgiram há exatos 100 anos, em 1924.
Continua depois da publicidade