GUARUJÁ

Empresa abandona trabalhadores em Guarujá

Eles estão há dias abandonados numa das vias de acesso à marginal da Rodovia Cônego Domênico Rangoni

Carlos Ratton

Publicado em 05/07/2023 às 07:00

Atualizado em 05/07/2023 às 11:11

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Trabalhadores estão de prontidão em uma das vias de acesso à marginal da Cônego Domênico Rangoni na esperança de receber / Reprodução

Cerca de 30 trabalhadores das mais diversas áreas de atuação, contratados pela Alupar - uma holding de controle nacional privado, com atuação no setor de energia, mais especificamente nos segmentos de transmissão e geração - estão há dias abandonados sem direitos trabalhistas cumpridos.

Nos últimos dias, eles estão reunidos em protesto numa das vias de acesso à marginal da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, em Guarujá, em frente à área em que deveriam estar prestando serviços em suas áreas de atuação. A situação deverá chegar ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

São serventes, carpinteiros, pedreiros, socorristas, enfermeiras, controladores de portarias, engenheiro, biólogo e outras funções, a maioria do Nordeste brasileiro, que vieram para trabalhar na execução das fundações da subestação e estruturas metálicas para linhas de energia.

Eles chegaram dia 18 de maio último e foram registrados no dia 22 daquele mês. A Reportagem optou pela não identificação dos funcionários para evitar que os entrevistados acabem sendo ainda mais penalizados.

Foi prometido salários (média de R$ 2.300,00) e horas extras, cartões de alimentação (R$ 300,00) e outros benefícios trabalhistas. Mas nada foi cumprido e o fornecimento de alimentação foi cortado há uma semana.

A Alupar presta serviço para a empreiteira de mão de obra Estrutural Engenharia. No local, há ainda uma placa da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que foi citada anteriormente nesta matéria. A agência do Governo do Estado de São Paulo emitiu uma autorização para supressão de vegetação com compromisso de recuperação ambiental (replantio). O órgão estadual, entretanto, afirma não ter responsabilidade sobre o contrato de empresa terceirizada para fazer qualquer intervenção no local objeto da obra da subestação.

"Estamos vivendo da doação da dona do restaurante, que também não foi paga pela empreiteira mas, mesmo assim, continua fornecendo 'quentinhas' para gente dividir. A estadia do hotel vencerá na próxima sexta-feira (07)", conta um dos trabalhadores, que se encontra em situação bastante difícil.

Outros disseram à Reportagem que não terão condições de ficar na região aguardando o recebimento dos salários atrasados e os direitos pela rescisão de contratos.

"Não dá mais. Se não nos pagarem até sexta-feira, teremos que voltar completamente desamparados para as nossas cidades de origem", conta outro trabalhador que procurou a Reportagem.

Durante todo o dia de ontem, o Diário buscou uma posição da empreiteira responsável pela situação dos trabalhadores mas, até às 17 horas, horário de encerramento da reportagem, nenhuma resposta foi encaminhada.

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