O encontro foi organizado e solicitado pela Associação Guarujá Viva (AguaViva) / NAIR BUENO / DIÁRIO DO LITORAL
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Uma visita técnica na travessia Guarujá-Bertioga e, num projeto futuro, a dragagem no canal entre Guarujá e Bertioga, para aumento do calado para facilitar o tráfego e a atracação das barcas.
Essas foram as promessas feitas pela engenheira Jamile Consulin, diretora do Departamento Hidroviário (DH), em encontro realizado com munícipes em Guarujá, na Câmara do Município, na última sexta-feira (3).
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O Diário adiantou que a reunião iria acontecer e vem acompanhando o drama da população há pelos manos dois anos. Vale lembrar que foi o esforço da população que gerou o encontro. A questão é um verdadeiro martírio para usuários do serviço.
O encontro foi organizado e solicitado pela Associação Guarujá Viva (AguaViva). Os participantes pediram explicações sobre as constantes filas, interrupções de transporte e a falta de embarcações entre Guarujá e Bertioga, já que atualmente existe somente um rebocador amarrado a um flutuante, em substituição às balsas que foram retiradas aproximadamente há um ano.
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"Ficou acertada uma visita-técnica nos próximos dias para que todos conheçam com detalhes e o DH se sensibilize a resolver os problemas. Temos também as grandes filas nas travessias entre outras questões. Essa dragagem é fundamental, pois esse problema de falta de calado é muito grave ali. Estamos esperançosos", disse José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da AguaViva.
Sidnei Bibiano, morador da região do Rabo do Dragão, no Guarujá, disse que a reunião foi muito produtiva. "Conseguimos entregar um abaixo-assinado para a engenheira Jamile com a reivindicação da retirada dos rebocadores amarrados ao flutuante e o retorno da operação das balsas", afirmou.
Beatriz Laurindo, secretária-executiva da Agenda 21, em Guarujá, e gestora ambiental também participou. "Foi uma pauta importante, pois reflete os transtornos de mobilidade do dia a dia. O diálogo direto com as autoridades é sempre importante para compreendermos a realidade e ao mesmo tempo cobrarmos soluções", declarou.
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As balsas que fazem a travessia Guarujá-Bertioga-Guarujá não possuem motores. A paralisação da travessia afeta não só a população de ambas as cidades, que perde horário de trabalho, da escola, de consultas médicas e diversos outros compromissos, como turistas que vêm para a região.
Isso porque evita-se que a hélice e o fundo do rebocador toquem na lama próxima às margens do canal, danificando a embarcação que baliza o flutuante que leva veículos e pedestres ao atracadouro. Ele (flutuante) não pode encostar no berço entre o manguezal e o ponto de embarque e desembarque.
A última denúncia envolvendo a travessia apontou que as duas balsas - a Bacharel (com capacidade para 12 veículos) e a FB14 (28 veículos) que deveriam estar operando na travessia, estavam sendo utilizadas na travessia Santos-Guarujá e não em manutenção, conforme vinha propagando a Secretaria de Meio Ambiente e Logística (Semil), do Governo Paulista.
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A secretária estadual Natália Resende revelou que o sistema de travessias litorâneas estava com uma estrutura precária por conta de reformas emergenciais nas embarcações.
O Diário vem publicando que a anunciada manutenção acontece desde 2022. A solução, segundo Natália, seria é uma Parceria Público Privada (PPP) e que o leilão para convocar empresas interessadas em participar do edital só deveria acontecer no segundo trimestre de 2025, com a inclusão da travessia.