Guarujá

De 20 mil chamados do Samu em 2022, mais de 2 mil foram trote em Guarujá

Equipe, que é focada em atender urgências e emergências, pede a colaboração da população principalmente durante a temporada, quando mais do que dobra a quantidade de atendimentos

Da Reportagem

Publicado em 31/01/2023 às 08:00

Atualizado em 31/01/2023 às 15:56

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Equipe pede a colaboração da população / Divulgação

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Só em 2022, o número de trotes recebidos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), em Guarujá, foi o equivalente a mais de um mês de atendimentos: dos 20 mil chamados no ano, 2.200 (11%) não foram para alguma situação de urgência ou emergência que levaria a sofrimento, sequelas ou até mesmo à morte.

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Por conta da média mensal de 2 mil atendimentos, que chega a 7 mil durante a temporada, a equipe redobra a atenção para o Carnaval, em fevereiro. Por isso, a coordenadora do Samu Guarujá, Ana Paula Mormitto, pede que a população entre em contato com o Samu apenas em situações de emergência.

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“Temos cerca de 60 atendimentos por dia, o que aumenta muito durante a temporada. Só que, com esse grande número de trotes, alguém que realmente precisa pode deixar de ser atendido por conta desse desvio de recurso. Vamos pensar que poderia ser um familiar nosso que ficou mal ou morreu porque uma equipe está empenhada em atuar em uma brincadeira de mau gosto”, alerta Ana Paula.

O Samu atende basicamente pacientes com perda de consciência, sintomas de AVC, vítimas de acidente de trânsito, que sofreram quedas de grandes alturas, em trabalho de parto, que tenham convulsão, surtos psicóticos, entre outras situações.

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Humanização

A sensibilidade e a empatia fazem parte do dia a dia de todos os 80 profissionais que atuam no Samu Guarujá. Entre eles, a enfermeira intervencionista coordenadora da unidade, Ana Paula Mormitto. “Quem entra no Samu, ama ou odeia. Eu me apaixonei. Veja o nosso trabalho como um grande diferencial na vida dos pacientes. A nossa chegada é crucial e nós sempre faremos o melhor naquele momento. Depois do atendimento, muitas vezes por vários dias, ainda vamos atrás de atualizações sobre o estado de saúde do paciente já no hospital”, explica.

Em Guarujá, o tempo de resposta a um chamado é de 15 minutos em 95% dos casos. Atualmente, mais de 70 profissionais atuam no Samu, desde a limpeza e o administrativo até a equipe de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e condutores socorristas.

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A Cidade trabalha com uma ambulância avançada, que conta com um condutor, um enfermeiro e um médico. Essa equipe atua em casos mais graves e que, normalmente, envolvem vítimas inconscientes. Entre os principais atendimentos, estão parada cardíaca, esfaqueados, casos de AVC hemorrágico, baleados e afogados.

Mais duas motos, cada uma com um enfermeiro, atuam principalmente em casos que exigem agilidade no atendimento pelo fato de conseguirem chegar antes da ambulância.

Outras cinco ambulâncias básicas, cada uma com um condutor e um técnico de enfermagem, realizam atendimentos com menor gravidade. Dessas, uma delas fica dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Perequê e outra na UPA Enseada, a fim de agilizar o atendimento nessas localidades. As demais viaturas estão na base do Samu em Guarujá, no bairro Boa Esperança.

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Segundo determinação do Ministério da Saúde, todas as cidades devem ter uma ambulância para cada 100 mil habitantes, ou seja, Guarujá trabalha com mais unidades do que o estipulado pelo órgão.

Crime

A superintendente de Urgência e Emergência de Guarujá, lembra que a colaboração da população é fundamental para o bom funcionamento do Samu. “Nós lutamos por cada vida até o último segundo, sempre com muito empenho e agilidade. Passar trote para um serviço que se empenha em salvar vidas e que tem o tempo como seu maior inimigo é algo que precisa acabar”.

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O trote aos serviços de emergência é um crime previsto pelo Artigo 266 do Código Penal Brasileiro, e o infrator pode pegar de um a seis meses de detenção.

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