Após reabilitação, tartarugas são devolvidas à natureza em Guarujá; fotos

Na sexta-feira (19), a equipe do Instituto Gremar realizou a soltura de duas tartarugas-verdes (Chelonia mydas), no Guarujá (SP). Trata-se de mais um resultado Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Em virtude da fase de emergência do Plano São Paulo contra a pandemia da Covid-19, a ação na faixa de areia contou com equipe reduzida.

Os dois animais foram resgatados em ações de monitoramento em praias do município e encaminhadas ao Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos. 

Um acionamento no dia 30 de janeiro resultou no primeiro resgate. Encontrada por pescadores em faixa de areia, a tartaruga possuía lesões benignas na região do pescoço e plastrão, com alguns edemas e marcas no pescoço e nadadeiras, sugerindo a suspeita clínica de afogamento.

Após ser submetido à retirada das lesões (fibropapilomas), o animal teve um ótimo desenvolvimento em seu processo de reabilitação. Alimentou-se espontaneamente, não apresentou problemas respiratórios, nem de flutuabilidade e seus exames laboratoriais se mantiveram dentro da normalidade, mostrando-se plenamente recuperado. 

Já a segunda tartaruga encalhou na Praia de Pitangueiras no dia 19 de fevereiro, com um anzol preso ao seu membro anterior esquerdo, além de edemas na região peitoral e cervical. Além disso, durante o processo de reabilitação foi identificada a presença de lixo no seu trato gastrointestinal.

Além de tratar as lesões, o animal foi submetido ao protocolo clínico para estímulo à eliminação do lixo, que trouxe bons resultados. Com a boa evolução do quadro geral e exames laboratoriais dentro da normalidade desde a última semana, a tartaruga foi declarada apta à soltura.

NOVA ROTINA.
Atenta às recomendações das autoridades de saúde devido à pandemia do Covid-19, a equipe do Instituto Gremar em conjunto com a coordenação do PMP-BS área SP e a Petrobras, tem adotado medidas rígidas para prevenir o contágio e dar continuidade ao trabalho de resgate e reabilitação de animais marinhos da melhor forma possível. 

O uso de equipamentos e insumos adequados, o trabalho em home office do setor administrativo e a restrição do número de colaboradores nos recintos dos animais, salas de cirurgia e manejo, além do monitoramento, estão entre eles. A responsabilidade é de todos nós.