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O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou nesta quarta-feira ser contrário à abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dentro do Congresso para investigar irregularidades envolvendo operações da Petrobras.
A pressão política pela abertura da CPI aumentou muito no Congresso depois que o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a presidente Dilma Rousseff reconheceu ser "falho" o parecer técnico dado sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela estatal, em 2006. Ela disse que, se isso não tivesse ocorrido, a compra da refinaria não teria sido aprovada quando presidia o Conselho de Administração da Petrobrás.
Para Temer, não existe necessidade de o Congresso fazer esse tipo de investigação, uma vez que o caso já está sendo analisado por outras instâncias, como Polícia Federal e Tribunal de Contas da União.
"Esses órgãos já têm os instrumentos necessários para investigar o que acharem importante nesse caso. Não existe a necessidade de abertura da CPI. Até porque se gastaria mais tempo ainda e, no fim do trabalho, tudo seria enviado para que o Ministério Público iniciasse suas apurações. Então, o mais adequado é deixar a continuidade do trabalho que essas instâncias já estão conduzindo", afirmou. Para o vice presidente, Dilma "mostrou sua coerência" ao reconhecer a existência do problema na compra da refinaria.
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