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O presidente em exercício, Michel Temer, cancelou a reunião que faria ontem (4) no Palácio do Planalto com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para tentar chegar a um acordo sobre a votação das propostas de emenda constitucional sobre o fim do voto secreto.
Nesta terça-feira, 3, a Câmara aprovou o voto aberto para todas as votações. Renan defendia a aprovação da proposta de emenda constitucional que já tinha sido aprovada pelo Senado há um ano, acabando com voto secreto apenas para cassação de deputados e senadores, mas o mantendo para as demais votações.
Renan Calheiros chegou a se reunir nesta quarta com Temer, no Planalto, mas Henrique Eduardo Alves acabou não conseguindo se integrar ao grupo porque estava comandando a votação da MP 615, uma votação de interesse do governo. O próprio Michel Temer pediu a Henrique Alves que tentasse garantir a MP 615, para que ela não perdesse a validade.
A votação da Medida Provisória 615, que agora corre o risco de caducar, colocando em risco o desconto na conta de luz, uma das bandeiras do governo Dilma Rousseff, no entanto, ficou para hoje.
Na noite desta quarta, Henrique Alves e Temer estão reunidos no Planalto, mas a reunião conjunta com a presença de Calheiros foi adiada para esta quinta. O presidente do Senado não ficou esperando a hora que Henrique Alves poderia deixar o plenário da Câmara, porque oferecerá, na residência oficial do Senado, um jantar em homenagem ao ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Renan convidou Temer e Henrique Alves para o jantar desta noite.
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