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A Procuradoria do Egito mandou prender hoje (10) o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badia, acusado de estimular a violência em frente à sede do Quartel-General da Guarda Republicana, onde há dois dias, durante confrontos entre policiais e manifestantes, 51 pessoas morreram e 435 ficaram feridas. O movimento Irmandade Muçulmana era o principal apoio ao governo deposto de Mouhamed Mursi.
A Procuradoria emitiu um mandado de detenção para Badia e mais nove integrantes do movimento islamita e do Gama Islamiya, um grupo associado. O argumento é que os líderes instigaram a "a violência, os assassinatos e os confrontos sangrentos" em frente ao Quartel-General da Guarda Republicana, uma unidade de elite.
Badia já tinha um mandado de detenção por incitar à violência, emitido na semana passada após a queda de Mursi. Na ocasião, ele discursou aos simpatizantes para que mantivessem os protestos na tentativa de retorno do presidente deposto.
As forças de segurança egípcias acusaram os manifestantes de terem iniciado os confrontos, enquanto a Irmandade Muçulmana disse que os militares é que começaram os embates com tiros.
Desde os confrontos, 652 pessoas foram detidas por suspeita de homicídio, posse ilegal de armas e explosivos, ameaças à segurança pública e cortes de estrada, segundo a Procuradoria. Cerca de 200 pessoas ficarão detidas por mais duas semanas, enquanto as demais foram libertadas.
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