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Alvo de protestos violentos em várias cidades egípcias, o presidente do Egito, Mouhamed Mursi, rejeitou hoje (2) ultimato do Exército, que cobrava dele uma solução para os conflitos sociais e a consolidação de um plano de reconciliação nacional. Os confrontos entre manifestantes e policiais provocaram pelo menos nove mortes e mais de 600 feridos no país apenas no domingo (30).
O Exército lançou ontem (1º) ultimato a Mursi informando a intenção de intervir no país, caso não fossem atendidas em 48 horas as reivindicações dos manifestantes que exigem a renúncia do presidente.
Para especialistas, o ultimato é ameaça de golpe de Estado. Em comunicado, a Presidência do Egito ressaltou que a declaração do Exército não foi autorizada e que poderia causar confusão, pois há um plano com um caminho para a reconciliação do país. O texto rechaça “qualquer declaração que leve à divisão e que ameace a paz social” no país.
Em meio aos confrontos nas principais cidades do Egito, seis ministros pediram demissão dos cargos. O último foi o ministro das Relações Exteriores, Mohamed Kamel Amr, que apresentou hoje sua renúncia. Deixaram os cargos os titulares do Turismo, das Telecomunicações, de Assuntos Jurídicos e Parlamentares, do Ambiente e Recursos Hídricos.
O ex-primeiro-ministro Hisham Qandil disse que sua decisão é “irrevogável” e apela à “queda do regime”. Segundo ele, o presidente “não respondeu aos apelos do povo”.
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