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O presidente interino do Egito, Adly Mansour, criou neste sábado um comitê de especialistas jurídicos para auxiliar na elaboração de emendas que devem ser feitas na Constituição do país, elaborada sob a presidência do muçulmano Mohammed Morsi, que foi deposto por um golpe militar este mês.
O comitê é formado por dez membros, sendo seis juízes e quatro professores de direito constitucional. Eles terão 30 dias para sugerirem emendas à Constituição. A partir de então um segundo comitê, com 50 figuras públicas, entre políticos, sindicalistas e religiosos, terá 60 dias para analisar essas propostas.
Após isso, a população vai votar sobre essas emendas em um referendo, de acordo com um cronograma que será estabelecido pelos militares. Depois de todo esse processo, abre-se caminho para a realização de eleições parlamentares.
A Constituição do Egito foi suspensa no dia 3 de julho, quando o presidente Morsi foi deposto pelo golpe militar, após a realização de imensos protestos contra sua administração.
Visita
Neste sábado o rei Abdullah, da Jordânia, se encontrou com os novos líderes egípcios, na primeira visita de um chefe de Estado ao Cairo desde o golpe militar. Segundo comunicado divulgado pelo governo, o rei expressou seu apoio às "escolhas nacionais" feitas pelo povo egípcio.
Além de se encontrar com o presidente interno Mansour, participaram da recepção ao rei o general Abdel-Fattah el-Sissi, que também é ministro da Defesa, e o vice-presidente Mohamed ElBaradei.
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