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Centenas de agentes da polícia antimotim voltaram a dispersar hoje (11) manifestantes na Praça Taksim, após milhares de pessoas terem voltado ao local em apoio aos protestos contra o governo.
Horas depois da primeira ação destinada a dissolver o protesto, ocorrido no início da manhã, a polícia voltou a recorrer ao uso de gás lacrimogênio e canhões d'água, destruindo tendas erguidas na praça pelos manifestantes, que foram forçados momentaneamente a abandonar o local que ocupam há 12 dias.
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Hoje, em intervenção perante parlamentares do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan voltou a atribuir a culpa dos protestos aos meios de comunicação internacionais e às redes sociais da internet, e advertiu os manifestantes que não haverá mais tolerância. O AKP, partido de Erdogan, está no poder desde 2002.
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A retomada de um discurso mais radical, que contribui para aumentar a tensão no país, surpreendeu simpatizantes do líder turco, que esperavam de Erdogan uma posição mais cautelosa e destinada a acalmar os ânimos nas ruas, não apenas em Istambul, mas em todas as principais cidades do país.
Há alguns meses, especula-se na Turquia sobre a possibilidade de uma emenda à Constituição que permita a Erdogan garantir, em caso de vitória eleitoral, uma presidência com mais poderes que a simples função protocolar da atual chefia do Estado.
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