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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje (11) esperar a aprovação da reforma migratória antes do final do verão, que termina em setembro no Hemistério Norte. Ele admitiu, no entanto, que os opositores da iniciativa poderão “incutir o medo” durante o debate parlamentar. “Não existem razões para que o Congresso não possa fazer isso antes do final do verão ”, disse Obama, em discurso na Casa Branca, no mesmo dia em que o projeto de lei começou a ser debatido no Senado.
“Minha administração fez o que podia. O Congresso precisa de atuar”, disse Obama, admitindo que o projeto em discussão “não é perfeito”, mas ajudará a corrigir o sistema migratório norte-americano. “Não existe nenhuma boa razão para entrar em jogos processuais ou recorrer à obstrução só para bloquear a melhor oportunidade que tivemos, em anos, para resolver esse problema de forma justa para as famílias de classe média, para os empresários e para os imigrantes legais”, acrescentou.
Segundo o presidente, o projeto, apresentado em abril passado por quatro senadores republicanos e quatro democratas, é “um compromisso” entre várias posições, de modo que “ninguém vai conseguir tudo o que pretende durante o debate, nem os republicanos, nem os democratas”.
No discurso, Obama destacou as vantagens econômicas da nova lei, em um país em que “um em cada quatro novos proprietários de pequenos negócios é imigrante”.
Os oito senadores que apresentaram o projeto enfatizaram que a reforma não concederá anistia aos mais de 11 milhões de pessoas que, segundo estimativas, vivem e trabalham nos Estados Unidos sem documentos de residentes legais. Entre outros aspetos, a reforma prevê prazo de dez anos para a legalização dos que não têm documentos, sanção a empresas que conscientemente contratem imigrantes sem documentos e fundos para contratar 3.500 agentes.
A reforma propõe ainda verba de US$ 3 milhões para a segurança nas fronteiras, bem recursos adicionais para colocar muros e vedações nas áreas fronteiriças. O texto impõe igualmente um prazo de dez anos para que o Departamento de Segurança Nacional certifique a segurança fronteiriça, em particular em zonas com elevado tráfico de pessoas, antes do início de um plano de legalização dos imigrantes que estão em situação irregular no país.
No dia 11 de abril, milhares de pessoas manifestaram-se em frente ao Capitólio, em Washington, para pedir direitos para os imigrantes ilegais. Outras manifestações ocorreram em cidades de 18 estados norte-americanos.
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