Governo

Ministério alemão descarta desconto para dívida grega

Um porta-voz do ministério disse a repórteres que "um segundo desconto está fora de cogitação" e demonstrou confiança na capacidade dos gregos de superarem seus obstáculos

Publicado em 12/08/2013 às 10:15

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O Ministério de Finanças da Alemanha reiterou hoje sua posição contrária à concessão de alívio adicional à Grécia, apesar de uma reportagem publicada no fim de semana ter sugerido que até mesmo o banco central alemão, o Bundesbank, espera que um novo pacote de ajuda a Atenas seja necessário no máximo até o começo do próximo ano.

A menos de seis semanas das eleições nacionais na Alemanha, um porta-voz do ministério disse a repórteres que "um segundo desconto (para a dívida da Grécia) está fora de cogitação" e demonstrou confiança na capacidade dos gregos de superarem seus obstáculos.

Os comentários vieram depois de a revista Spiegel publicar ontem que o Bundesbank prevê que a Grécia precisará de mais ajuda até o início de 2014, segundo documento interno da autoridade monetária alemã. O Bundesbank preferiu não comentar a reportagem.

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Um eventual novo desconto à dívida da Grécia provavelmente seria visto como uma admissão do fracasso da postura de austeridade liderada pela Alemanha (Foto: Divulgação)

Martin Kotthaus, porta-voz do Ministério de Finanças alemão, afirmou não ter conhecimento de nenhum documento novo do Bundesbank e não saber a que documento o artigo do Spiegel se referiu.

"Os números que temos mostram claramente - a Grécia está indo bem", disse Kotthaus a repórteres. "Acompanharemos o que a Grécia fizer, acompanharemos como a Grécia implementa o programa, veremos se e a Grécia vai atingir superávit primário em 2014 - é esse o acordo - e, se concluirmos que será necessário mais dinheiro, discutiremos o assunto", acrescentou o porta-voz.

Kotthaus comentou ainda que o ministério espera que a troica de credores internacionais da Grécia forneça uma atualização sobre o atual programa de ajuda do país em outubro.

Um eventual novo desconto à dívida da Grécia provavelmente teria uma repercussão negativa entre os eleitores alemães e seria visto como uma admissão do fracasso da postura de austeridade liderada pela Alemanha.

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