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O presidente do Egito, Mouhamed Mursi, foi hoje (3) deposto pelas Forças Armadas e será substituído interinamente pelo presidente do Tribunal Constitucional. A Constituição também foi suspensa, segundo anúncio pelos responsáveis militares. Os militares estipularam prazo de 48 horas para o presidente atender às reivindicações dos manifestantes que tomaram as ruas do país nos últimos dias. Mursi argumentou que foi eleito democraticamente e não iria renunciar ao posto.
Militares estão posicionados em vários pontos da capital Cairo. Eles fecharam os acessos à Praça Rabea Al Adauiya, no leste do Cairo, onde estão milhares de apoiadores do presidente Mursi, segundo a Lusa. Segundo a agência de notícias, soldados foram mobilizados também para a Praça Tahrir e para o palácio presidencial, onde estão os opositores ao atual governo.
De acordo com os militares, o bloqueio é para "preservar vidas e evitar confrontos" entre opositores e simpatizantes.
Um representante da organização Irmandade Muçulmana, à qual pertence Mursi, disse que um “golpe militar” está em andamento, conforme a BBC Brasil. Já a oposição alega que Mursi quer implantar um regime islâmico e exigem a saída do presidente.