Continua depois da publicidade
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, desconversou sobre um eventual anúncio de reajuste dos combustíveis no curto prazo. Após ser questionado por jornalistas nesta quinta-feira, 29, em entrevista para explicar a proposta de Orçamento, ele disse: "Agora não estou anunciando nem que vai ter (reajuste), nem que não vai ter, muito pelo contrário."
Mantega afirmou, ainda, que o aumento de preços não se dá imediatamente quando se muda o preço do combustível e que todo ano ocorre reajuste. "A Petrobras segue sua política normal de reajustes periódicos. Só o que frisei é que não tem a ver com a flutuação muito brusca do câmbio neste momento."
Segundo ele, a Petrobras tem capacidade de manter os investimentos elevados, independentemente da tarifa dos combustíveis. "Essa questão não se coloca aqui na discussão. É alheia à tarifa. A Petrobras sempre terá recursos suficientes para bancar a política de investimento." A petroleiro, completou, continuará com aportes porque deseja acelerar as exportações do pré-sal.
O ministro enfatizou ainda que a produção está aumentando e que sua rentabilidade será crescente. "E, com isso, terá condições de realizar os investimentos", ponderou.
Mantega afirmou que o reajuste dos combustíveis não se pauta pela evolução do câmbio. "São dissociados". Segundo ele, não "se coloca" um reajuste do preços com base no câmbio, que está em alta volatilidade. "Não se contingencia a economia com essa volatilidade", repetiu. "Devíamos postergar com base na volatilidade", reforçou.
Pouco antes, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou que a Petrobras tem a segunda maior carteira de investimentos do mundo entre as petrolíferas. Belchior relatou ainda que a Petrobras está, desde o ano passado, com forte trabalho de otimização das suas despesas, o que vai permitir o aumento dos investimentos.
Continua depois da publicidade