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Protestos violentos ocupam desde ontem (30) as principais cidades do Egito, na tentativa de pressionar o presidente Mouhamed Mursi a renunciar. O Movimento Tamarod (cujo significado em árabe é rebelião), que é de oposição, deu até amanhã (2) para Mursi deixar o governo. O Ministério do Interior anunciou a apreensão de nove armas automáticas,17 fuzis e 1.584 balas, além de coletes de proteção.
A oposição ameaça promover uma campanha de desobediência civil, se Mursi insistir em ficar no posto. O Tamarod defende a realização de eleições presidenciais. O movimento informou ter obtido mais de 22 milhões de assinaturas para as eleições.
Nas manifestações de ontem, pelo menos nove pessoas morreram, inclusive uma criança, e 630 ficaram feridas. Houve confrontos entre manifestantes e policiais em várias cidades, entre elas o Cairo, a capital. De acordo com organizadores dos protestos, foram as maiores manifestações desde a renúncia do então presidente egípcio Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.
A Praça Tahrir, que se transformou em palco de protestos no Cairo, mais uma vez ficou lotada. Por intermédio do porta-voz da Presidência da República, Ehab Fahmi, Mursi avisou que o diálogo é “a única opção para tirar o país da crise política em busca da reconciliação nacional”.
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