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O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, prepara o anúncio das concessões de agréemant para o novo embaixador do Brasil na Bolívia, Raymundo Santos Rocha Magno, que substituirá o atual titular Marcel Biato. A substituição, segundo o chanceler Antonio Patriota é “natural” e ocorre quando o embaixador está no posto após três a cinco anos.
Biato está há três anos na Bolívia e foi designado para a Suécia, enquanto Magno segue para La Paz (Bolívia), depois de ficar dois anos na Romênia. Ambos os diplomatas precisam ainda ser sabatinados pela Comissão de Relações Exteriores do Senado que vota as nomeações. Não há data ainda para as sabatinas.
Biato deixa o posto num momento em que Brasil e Bolívia discutem temas delicados. Há 13 meses, o senador boliviano Roger Pinto Molina, de 53 anos, está abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz à espera de autorização para deixar o local com segurança e seguir, com asilo político, para o Brasil. Molina pediu asilo alegando ser perseguido pelo governo do presidente boliviano, Evo Morales.
As autoridades bolivianas negam a perseguição e dizem que o senador responde a ações judiciais que levantam suspeitas sobre sua atuação no campo político. Sem autorização para sair da Bolívia, Pinto Molina permanece abrigado na embaixada brasileira.
O senador aguarda uma definição, assim como os sete brasileiros que ainda estão detidos em Oruro, no interior da Bolívia, por envolvimento na morte de Kevin Espada, de 14 anos, durante jogo do Corinthians com o San José. O adolescente morreu ao ser atingido por sinalizador lançado por torcedores.
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