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No Irã, alguns dos 50,6 milhões de eleitores saíram cedo hoje (14) para escolher o sucessor do atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad. Na disputa, há seis candidatos apontados com chances. Apenas três são considerados reformistas moderados, os demais são avaliados como conservadores. Há 130 mil urnas à disposição dos eleitores, em 67 mil zonas eleitorais. Serão escolhidos também 27 mil conselheiros locais e municipais.
Moderados e reformadores demonstram que vão apoiar o candidato Hassan Rowhani, cujas chances aumentaram com o apoio dos ex-presidentes Akbar Hachemi Rafsandjani (moderado) e Mohammad Khatami (reformista). O apoio ocorreu em meio à desistência do também moderado Mohamad Reza Aref, a pedido de Khatami.
Rowhani, religioso moderado, de 64 anos, defende uma política de diálogo com as potências ocidentais nas negociações sobre o programa nuclear iraniano na tentativa de reduzir as sanções internacionais e as dificuldades econômicas causadas pelas restrições. Parte da comunidade internacional é favorável à imposição de restrições ao Irã por acreditar que há o desenvolvimento de armas atômicas no país.
As últimas pesquisas de opinião no Irã, promovidas pela agência de notícias Mehr com 10 mil eleitores, mostraram que Ghalibaf lidera a disputa com 17,8% das intenções de voto, seguido de Rowhani com 14,6%, e do conservador Said Jalili, atual secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional e principal negociador internacional para temas nucleares, com 9,8%. A dois dias da eleição, 30% se disseram indecisos.
Também estão na disputa os candidatos Ali Akbar Velayati, ex-ministro das Relações Exteriores, Mohammad Gharazi, prefeito de Teerã, a capital iraniana, e Mohsen Rezai, ex-responsável pelas Guardas da Revolução.
A imprensa iraniana informa que o ambiente eleitoral é tranquilo. Até ontem (13), houve comícios e campanhas de rua. Todas as candidaturas foram submetidas à avaliação do Conselho dos Guardiães da Constituição, que não autorizou a maioria delas.
Mir Hossein Musavi e Mehdi Karubi, dois líderes do movimento reformador de 2009, estão detidos em prisão domiciliar.
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