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Os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vão marcar formalmente o final da guerra no Afeganistão neste domingo, com uma cerimônia em sua sede militar em Cabul, embora a insurgência combatida nesses 13 anos continue tão violenta e mortal quanto na época da invasão do país em 2011, que derrubou o regime do Taleban após os ataques de 11 de Setembro.
A cerimônia simbólica vai marcar o fim da Força Internacional de Assistência para Segurança (Isaf, na sigla em inglês), liderada pelos Estados Unidos, que passará a ter papel de apoio para as Forças Armadas afegãs, com 13.500 homens - a maioria norte-americanos - a partir de 1º de janeiro.
O presidente Ashraf Ghani, que assumiu o cargo em setembro, assinou acordos de segurança bilaterais com Washington e a Otan, permitindo a presença militar dos estrangeiros.
A medida resultou num aumento da violência, já que o Taleban usou o acordo como desculpa para intensificar suas operações, cujo objetivo é desestabilizar o governo.
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A Isaf foi estabelecida depois da invasão liderada pelos Estados Unidos como um guarda-chuva para os cerca de 50 países da coalizão que forneceram tropas e assumiram a responsabilidade pela segurança no Afeganistão.
A missão é encerrada com um total de 2.224 soldados norte-americanos mortos, o maior saldo dentre os cerca de 3.500 militares estrangeiros que perderam a vida no país, segundo dados compilados pela Associated Press.
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Em 2010, número de militares estrangeiros em solo afegão chegou ao máximo, com 140 mil tropas , após ordem emitida pelo presidente Barack Obama com o objetivo de expulsar insurgentes de regiões de importância estratégica, principalmente das províncias de Helmand e Kandahar, onde o Taleban estabeleceu sua capital entre 1996 e 2001.
Os afegãos têm sentimentos confusos sobre a saída das tropas estrangeiras. Muitos acreditam que com a deterioração das condições de segurança, a presença desses militares é necessária para apoiar os esforços afegãos para levar a paz ao país, após mais de três décadas de guerra contínua.
O ano de 2014 foi violento para as forças de segurança afegãs - Exército, paramilitares e polícia - com cerca de 5 mil mortes registradas até agora. A maioria dessas mortes, cerca de 3.200, foi de policiais, segundo Karl Ake, atual diretor da EUPOL, a missão policial da União Europeia no Afeganistão, cujos recursos financiam em treinam a força policial de 157 mil homens.
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O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que as forças afegãs estão prontas para assumir sozinhas o combate à insurgência, apesar das reclamações de oficiais a respeito da falta de meios necessários, como apoio aéreo, médico e de inteligência.
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