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O porta-voz do governo do Equador e secretário de Comunicação, Fernando Alvarado, anunciou hoje (27) que o país renunciou às preferências tarifárias dos Estados Unidos. A reação ocorre no momento em que as autoridades equatorianas confirmaram a concessão de asilo político para o norte-americano Edward Snowden, ex-agente da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (cuja sigla em inglês é NSA).
As preferências tarifárias se referem ao acordo firmado pelos Estados Unidos na década de 1990, com Equador, Peru e Bolívia extinguindo tarifas alfandegárias para cerca de 5,5 mil produtos. O objetivo era estimular o comércio e reduzir o narcotráfico na região. O acordo foi renovado no ano 2000.
“O Equador não aceita pressões, nem ameaças de ninguém e não negocia princípios, nem os submete a critérios mercantis, por mais importantes que sejam”, avisou Alvarado. "[Por isso decidiu renunciar de forma] irrevogável e unilateralmente as preferências tarifárias com os Estados Unidos", disse ele, informando que esses mecanismos são utilizados pelos norte-americanos como "instrumento de chantagem".
Snowden denunciou que a NSA e a Polícia Federal norte-americana (FBI), por meio do programa secreto Prism (ativo desde 2007), tinham acesso aos servidores Microsoft, Yahoo, Google e Facebook para consultar informações sobre usuários.
O caso foi denunciado por Snowden, funcionário de uma empresa privada que prestava serviço para a NSA. O ex-assessor partiu para Hong Kong e agora está em Moscou, na Rússia. Não há confirmação, por enquanto, de quando ele pretende seguir para o Equador, nem se vai passar por Cuba ou Venezuela.
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