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Em mais uma tentativa de criar uma agenda positiva, a presidente Dilma Rousseff lança na amanhã (8), o Plano Nacional pela Saúde - Mais Hospitais, Mais Médicos, Mais Formação. Mais que um reforço na área da saúde, a ideia é que o recrutamento de profissionais estrangeiros seja um poderoso trunfo eleitoral para Dilma, candidata à reeleição, e para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que quer concorrer ao governo de São Paulo, em 2014.
A medida atende a reivindicação da Frente Nacional dos Prefeitos Não por acaso, será lançada justamente na semana da Marcha dos Prefeitos. Para os municípios, será uma mão na roda: é uma tentativa de cobrir, sem custos, um buraco assistencial.
A mão de obra será toda financiada pelo governo federal. São R$ 10 mil mensais. A expectativa é de que sejam 10 mil médicos. Quando o programa estiver em vigor, as prefeituras vão economizar R$ 1,2 bi por ano.
Apesar da empolgação do governo, a proposta de convocar médicos estrangeiros provocou a ira das entidades médicas, que acham a medida inócua, oportunista e eleitoreira. Argumenta-se que o problema no País não é a falta de médicos, mas sua distribuição inadequada.
Segundo o Conselho Federal de Medicina, a estratégia trará uma medicina de segunda para os cidadãos mais pobres.
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