Governo

Dilma e Tabaré Vásquez defendem acordo entre Mercosul e União Europeia

A apresentação tem que ser simultânea e já chegou a ser negociada em 2013 ou 2104, mas não aconteceu

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 21/05/2015 às 15:25

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O fechamento de um acordo entre o Mercosul e a União Europeia para uma zona de livre comércio é a prioridade do bloco sul-americano para este ano, de acordo com os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e do Uruguai, Tabaré Vásquez, que se reuniram hoje (21) em Brasília, durante visita de Estado do chefe do país vizinho.

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Dilma e Vásquez cobraram a definição de uma data para que os blocos façam a apresentação de suas ofertas comerciais, quando os dois lados montam uma lista de quais produtos poderão ter as tarifas zeradas em caso de acordo. A apresentação tem que ser simultânea e já chegou a ser negociada em 2013 ou 2104, mas não aconteceu.

“Fazer o acordo entre o Mercosul e a União Europeia é a prioridade da agenda externa do bloco. Vamos propor à União Europeia que definamos, para o mais breve prazo possível, a data de apresentação simultânea das nossas ofertas comerciais”, disse Dilma durante declaração à imprensa, após reunião privada com o presidente uruguaio no Palácio do Planalto.

Vásquez defendeu que a apresentação das propostas aconteça antes da cúpula entre a União Europeia e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), marcada para os dias 10 e 11 de junho, em Bruxelas.

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Segundo Dilma, até setembro, serão lançados os editais para obras em duas pontes sobre o Rio Jaguarão(Foto: José Cruz/Agencia Brasil)

Apesar da defesa conjunta desta agenda do Mercosul, Tabaré Vásquez fez duras críticas ao bloco e defendeu a revitalização do grupo. Segundo ele, o Mercosul não pode ser “reduzido a reuniões e discursos” e tem que estar alinhado à nova realidade política e econômica do continente.

“Nossos países não vivem na solidão, fazem parte de um bloco regional que tem enorme potencial, mas que hoje não está a altura de sua razão de ser. Não somos iludidos nem impacientes, mas não seríamos sinceros se disséssemos que o Mercosul, tal como está, nos satisfaz. Temos que resgatá-lo, reanimá-lo, fortalecê-lo e colocá-lo a serviço de seus Estados e, fundamentalmente, a serviço dos nossos povos. Se nossos povos não sentem que o Mercosul serve para melhorar a vida cotidiana, para pouco servirão nossos melhores propósitos”, criticou, durante declaração à imprensa, ao lado de Dilma.

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A vinda ao Brasil é a primeira visita de Vásquez depois que ele reassumiu a presidência do país vizinho, em março. Tabaré Vásquez já presidiu o Uruguai de 2005 a 2010 e em 2014 foi eleito novamente para suceder o presidente José Pepe Mujica.

Durante as declarações, os dois presidentes destacaram a parceria entre Brasil e Uruguai e as negociações em curso para ampliar o fluxo comercial e levar a cabo projetos conjuntos, principalmente nas áreas de infraestrutura e energia.

Segundo Dilma, até setembro, serão lançados os editais para obras em duas pontes sobre o Rio Jaguarão, que separa os dois países: a Ponte Internacional Barão de Mauá será restaurada e uma nova ligação entre os dois países será construída. 

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