Governo

Dilma condena adoção de negociações bilaterais

A presidenta disse que as dificuldades internas, tanto no Brasil quanto em outros países, devem ser enfrentadas com apoio dos seus parceiros

Publicado em 17/06/2013 às 16:17

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

A presidenta Dilma Rousseff criticou hoje (17) a substituição de negociações bilaterais por multilaterais. A afirmação foi feita no momento em que a União Europeia (que reúne 27 países) e os Estados Unidos fecham um acordo de livre comércio, durante a Cúpula do G8 (que reúne os países mais industrializados e desenvolvidos no mundo). Ela condenou medidas que levam ao isolamento e ao protecionismo.

Dilma disse que as dificuldades internas, tanto no Brasil quanto em outros países, devem ser enfrentadas com apoio dos seus parceiros e, não com a intervenção externa. Segundo ela, essa posição é válida, inclusive, para momentos de crise econômica, como a enfrentada no passado pelo Brasil.

“Ao olhar a crise não propúnhamos, não propusemos e não propomos o isolamento, o protecionismo. Mas, sim, a consolidação da nossa cooperação, dos laços regionais, ampliando e fortalecendo”, disse.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Dilma Rousseff criticou hoje a substituição de negociações bilaterais por multilaterais (Foto: Divulgação)

Paralelamente, Dilma criticou a adoção de ações intervencionistas no lugar do diálogo e das negociações de paz. “Isso nos leva a uma clara defesa do multilateralismo como condição de afirmação da personalidade própria de todos os povos e também do Brasil. O multilateralismo como único instrumento capaz de resolver graves contenciosos mundiais”, destacou a presidenta durante a formatura dos novos diplomatas do Instituto Rio Branco, no Itamaraty.

Em seguida, Dilma acrescentou: “[Todas essas ações devem ocorrer] em clima de respeito mútuo e sem imposições unilaterais, aliás essa é uma característica que faz o Brasil ser respeitado por muitos povos”. A presidenta se referiu aos conflitos armados no mundo, em particular envolvendo palestinos e israelenses, além da crise na Síria, que já dura 26 meses.
 
Homenageado pela turma de formandos, o ministro da Defesa, Celso Amorim, que foi chanceler, ressaltou a importância do esforço brasileiro na busca pela integração regional e o combate às propostas hegemônicas. “Fortalecemos a integração regional e desconstruímos as propostas hegemônicas”, disse ele.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software