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Representantes das Coreias do Sul e do Norte encontraram-se hoje (9) na região de Panmunjom, na parte sul-coreana próxima à fronteira entre os dois países, para conversar sobre a reunião marcada para quarta-feira (12), em Seul, capital sul-coreana. O encontro desta semana será o primeiro em nível ministerial entre os dois países em mais de dois anos. O objetivo será negociar medidas que aumentem o nível de confiança entre os países e amenizem as incertezas na região.
A agência pública de notícias da Coreia do Sul, Yonhap, informou que as discussões foram conduzidas de forma “calma”, sem que nenhuma questão contenciosa tenha sido levantada a ponto de impedir as negociações. De acordo com a agência, o Ministério da Unificação sul-coreano informou que as partes debateram seus pontos de vista sobre as respectivas agendas políticas e falaram sobre as delegações que irão se encontrar na quarta-feira.
Ainda segundo a agência, a Coreia do Sul será representada pelo ministro da Unificação, Ryoo Kihl-jae. As autoridades sul-coreanas pediram que o país vizinho seja representado pelo chefe do Departamento da Frente Unida, do Partido Trabalhista da Coreia do Norte, Kim Yang-gon. A Coreia do Norte ainda não se manifestou sobre quem será seu representante na reunião desta semana, nem sobre o resultado do encontro de hoje.
A presidenta da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, deve participar de uma reunião amanhã (10) para analisar os esforço de Seul e Pyongyang, capital norte-coreana, para solucionar questões pendentes por meio de diálogo e rever os pontos levantados no encontro de cúpula entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o líder da China, Xi Jinping, na última semana. Tanto Obama quanto Jinping informaram que não aceitarão a Coreia do Norte como potência nuclear, ainda que o país insista que não irá abri mão de sua capacidade nuclear.
A reunião deste domingo ocorreu depois que o Comitê pela Reunificação Pacífica da Coreia (CPRK, sigla em inglês), da Coreia do Norte, solicitou uma reunião com o vizinho na última sexta-feira (7). A proposta norte-coreana foi posterior a um outro pedido de negociação, para que fossem discutidas questões como as relativas à reabertura do Complexo Industrial de Kaesong e ao reencontro de famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950-1953).
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