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O chefe do Exército do Egito, general Abdel Fatah Al Sisi, pediu hoje (24), apoio do povo egípcio às medidas contra a violência e o terrorismo no país. Ele orientou os egípcios que tomem as ruas do país na próxima sexta-feira (26) para pedir o fim dos conflitos e destacou que o governo não vai desistir do plano de transição, incluindo a reforma da Constituição do país.
Nos últimos dois dias, mais de 14 pessoas morreram nos confrontos entre simpatizantes do presidente deposto Mouhamed Mursi e manifestantes que apoiam o atual governo. Al Sisi, que também ocupa o cargo de ministro da Defesa, esclareceu que o pedido de apoio à população não é um chamado à violência e que defende a reconciliação nacional. O Tamarud, grupo de leigos que era o principal organizador dos protestos que antecederam o golpe de Estado do dia 3 de julho, disse que vai colaborar.
A manifestação deve coincidir com o protesto de militantes da Irmandade Muçulmana, grupo a que pertencia o presidente deposto, convocado para rejeitar o golpe e insistir no apoio a Mursi. Para representantes da Irmandade Muçulmana o apelo de Al Sisi não será capaz de evitar o manifesto que deve se concentrar, principalmente, em torno da mesquita de Al Rabaa Adawiya e Nasr, distrito da cidade do Cairo.
Desde que Mursi foi deposto, no início deste mês, a violência no Egito resultou em mais de cem mortos. Com a destituição de Mursi pelas Forças Armadas, Adly Mansour, presidente da Suprema Corte do país, assumiu interinamente o poder e anunciou que, em seis meses, ocorrerão novas eleições. Mansour também disse que a Constituição vai ser alterada.
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