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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ontem (29) que o governo brasileiro está avaliando os questionamentos que serão encaminhados aos Estados Unidos (EUA) sobre o episódio da espionagem norte-americana no Brasil. Segundo a reportagem da revista Época desta semana, os Estados Unidos teriam usado meios digitais para espionar oito integrantes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), dentre os quais o Brasil.
De acordo com a publicação, o episódio ocorreu em 2010, quando o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, quebrou um acordo verbal e anunciou que enriqueceria urânio no Irã.
"Nós estamos discutindo esse problema e estamos fazendo os estudos técnicos necessários para realizar os questionamentos aos EUA. Assim que terminar esses estudos vocês serão informados", disse. Cardozo se reuniu na manhã desta segunda-feira com a presidenta Dilma Rousseff.
Mas, de acordo com a assessoria, o grupo técnico interministerial do governo brasileiro, formado após denúncias de violação de informações pelos Estados Unidos, continua ainda sem data definida para a reunião com o governo norte-americano, em Washington, mas o encontro deve ocorrer em breve.
Pela manhã, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, minimizou as denúncias publicadas pela revista. Patriota disse que a orientação de um país no Conselho de Segurança da ONU "não chega a ser um segredo" e que é possível obter o posicionamento por meio de contatos, de interlocutores e até mesmo de jornalistas. "Essas suspeitas são recorrentes", disse o ministro.
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